O Instituto Butatan precisa de R$ 1,9 bilhão para conseguir produzir 120 milhões de doses da vacina contra o coronavírus até o fim do ano que vem. O diretor da instituição, Dimas Covas, esteve reunido com o ministro-interino da Saúde, Eduardo Pazzuelo, nesta quarta-feira, 26. No encontro, ele apresentou os resultados preliminares dos estudos relacionados a Coronavac, a vacina chinesa que está sendo testada no Brasil. A expectativa, segundo o Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, é que brasileiros já comecem a ser imunizados no início do ano que vem. Para conseguir disponibilizar as 120 milhões de doses da vacina até o fim do ano que vem, o Instituto Butatan precisa de R$ 85 milhões para concluir os estudos clínicos, o que deve ocorrer até meados de outubro; e R$ 60 milhões para ampliar a capacidade de produção. Os R$ 1,7 bilhão restantes que a instituição pede seriam, justamente, para comprar a vacina da China, explica o diretor do Instituto Butatan, Dimas Covas.
A grande maioria das vacinas que estão sendo testadas são de dose dupla, ou seja, uma pessoa vai ter que tomar duas doses para de fato se imunizar. De acordo com o secretário especial do Estado de São Paulo, Antonio Imbassahy, isso quer dizer que, caso o Butatan consiga o dinheiro com o governo federal, amplie a capacidade de fabricação, e produza as 120 milhões de doses até o fim do ano que vem, apenas 60 milhões de brasileiros receberão a vacina. No geral, R$ 1,9 bilhão para o instituto Butatan testar, comprar e produzir 120 milhões de doses da vacina contra o coronavírus até o ano que vem parece um valor alto. No entanto, é importante lembrar que o governo gasta R$ 50 bilhões por mês com o auxílio emergencial, que ao contrário da imunização, não contribuiu para o retorno à normalidade.
*Com informações do repórter Antonio Maldonado
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