Esta quinta-feira (13) é um dia muito importante para os estudantes britânicos que pretendem ingressar na faculdade. O governo está entregando os resultados dos chamados A-Levels, que são os exames do fim da carreira escolar. Mal comparando é uma espécie de Enem — e assim como o exame brasileiro também há polêmica por aqui devido ao coronavírus. Com a pandemia, o governo foi obrigado a cancelar a realização dos exames. A decisão foi por dar notas para os estudantes baseados num modelo estatístico aliado a avaliação dos professores. Ou seja, as notas que são usadas para definir o acesso à universidade serão estimadas — e para baixo para parte considerável dos alunos.
A Escócia fez algo parecido na semana passada e a controvérsia foi tão grande que o governo teve que voltar atrás. Na Inglaterra é certo que as reclamações serão grandes — e já há pressão para o gabinete de Boris Johnson recuar. Na Grã Bretanha, um profissional com nível universitário ganha em média 35% a mais que os sem diploma do ensino superior — e também costuma iniciar a carreira com uma dívida pesada do crédito estudantil, é verdade. Mas, em tempos de pandemia, especialistas do país indicam que os profissionais sem graduação tendem a ser ainda mais afetados.
6% da população do Reino Unido está imunizada
Em outro destaque relacionado ao coronavírus, um estudo do Imperial College London aponta que 6% da população britânica já está imunizada para o Covid-19. Em Londres, que foi o principal foco da doença no país, esse índice sobe para 13%. Se o estudo estiver correto, 3,4 milhões de britânicos já contraíram o coronavírus — número muito maior que a estatística oficial. Porém, ele está bastante longe de uma imunidade de rebanho que o governo Boris Johnson chegou a buscar no início da crise, até ficar claro que seria uma tática mórbida para dizer o mínimo. Na quarta (12), o governo britânico indicou que uma nova metodologia para computar os casos de Covid-19 no país vai resultar em 5 mil casos fatais a menos nas estatísticas da pandemia.
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