Marcha contra o racismo reúne milhares em Washington; Trump reage

Milhares de pessoas se reuniram ao redor do espelho d’água em Washington, DC, na sexta-feira, 28. Muitas usam camisetas do movimento “Black Lives Matter”, o “Vidas Negras Importam”, e seguravam cartazes com frases contra o racismo. “Pare, a cor da minha pele não é crime”, dizia um deles. Para os participantes, o protesto foi uma reação pacífica a uma frustração que acontece há centenas de anos.  O ato foi denominado “Marcha do Compromisso: Tirem Seus Joelhos de Nossos Pescoços”, uma clara referência ao caso de George Floyd, homem negro que morreu durante uma abordam em maio, quando um policial ficou ajoelhado sobre o pescoço dele por quase nove minutos. Para participar do evento, os manifestantes precisaram usar máscara de proteção e ficar em uma fila para medir temperatura.

O protesto marcou o aniversário da grande marcha pela igualdade em Washington. Na ocasião, ocorrida em 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr fez o seu famoso discurso “I have a Dream”. Em um dos trechos ele disse “eu tenho um sonho que mus quatro filhos pequenos viverão em uma nação em que não serão julgados pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”. Depois de 57 anos, o filho mais velho dele, Martin Luther King III fez um discurso na marcha desta sexta-feira. “Agora temos que marchar até as urnas eleitorais para defender as liberdades que as gerações anteriores trabalharam tanto para conseguir”, disse ele. Jacob Blake, pai do homem negro que foi baleado sete vezes pela polícia também discursou no evento e disse que qualquer pessoa negra dos Estados Unidos está cansada de ver o sofrimento de tantos jovens.Depois dos discurso, os manifestantes marcharam até o memorial a Martin Luther King Jr. Também na sexta-feira, o presidente Donald Trump fez o primeiro evento depois da convenção do Partido Republicano. No evento, Trump comentou sobre os manifestantes que foram até a Casa Branca na quinta-feira, 27, manifestar contra ele. O presidente disse que os participantes do ato não eram manifestantes, mas sim anarquistas, agitadores e saqueadores.

*Com informações da repórter Mariana Janjácomo

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