A partir de amanhã, 3,2 mil moradores de seis comunidades da capital fluminense participarão da quarta etapa da testagem rápida para Covid-19 feita pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). As equipes aplicarão testes, até sexta-feira (4), em Mangueira, Complexo do Borel, Jacaré, Jacarezinho, Santo Cristo e Gamboa. O teste rápido é aplicado na própria casa e a coleta de uma gota de sangue é feita após uma espetadinha na ponta do dedo. O resultado, segundo a SMS, sai na hora.
A escolha das áreas e moradores da comunidade é aleatória. O sorteio das micro áreas a serem percorridas é realizado pelas equipes da Atenção Primária. As áreas já estão mapeadas pela Estratégia de Saúde da Família. De acordo com a SMS, a intenção é ter cobertura representativa da população local. Nessas micro áreas, os agentes vão de casa em casa e oferecem o teste. Em cada residência, apenas um membro da família é testado. Nesse caso, a escolha é feita com a participação dos moradores.
Os testes, além de identificar os anticorpos produzidos na fase inicial da doença, a partir do 8º dia de infecção, também são capazes de indicar os que são produzidos em fases mais tardias ou após a recuperação do doente. Mesmo quem foi infectado, mas não apresentou sintomas, pode ser identificado.
9.605 moradores testados em etapas anteriores
A testagem começou em 1º de junho e, conforme o cronograma, vai chegar a 19 comunidades de várias regiões do município até novembro. Nas três etapas anteriores, foram testados 9.605 moradores de Realengo, Campo Grande, Rio das Pedras, Cidade de Deus, Rocinha e Maré. A meta é testar 20 mil pessoas que residem em favelas da capital.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, com a testagem será possível mapear o comportamento do vírus e monitorar a contaminação nas diversas regiões da cidade. A opção por áreas mais carentes é porque nessas comunidades os moradores enfrentam maiores riscos sanitários. Além disso, são populações que têm maior vulnerabilidade social e mais dificuldade de manter o isolamento social recomendado para evitar propagação do novo coronavírus.
Após a coleta dos dados pelos agentes de saúde da Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância de Saúde (Subpav), as informações são encaminhadas à Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa). A Subvisa é responsável pelo georreferenciamento das informações para alimentar o Painel de Inquérito Soroepidemiológico Covid-19, desenvolvido por técnicos do Instituto Pereira Passos (IPP).
A SMS vai também identificar o percentual de infectados pelo Sars-CoV-2. As informações ajudam na elaboração do planejamento estratégico de ampliação das atividades econômicas e serviços em geral.
* Com Agência Brasil
Compartilhe