Nesta quarta-feira, 9, o ministro Dias Toffoli presidiu a sua última sessão no Supremo Tribunal Federal (STF). Jair Bolsonaro, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), estiveram presentes na cerimônia. Para Ana Paula Henkel, comentarista convidada do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 9, o evento foi “de uma bizarrice sem tamanho”. “A primeira palavra que veio à minha cabeça é deboche. Uma cerimônia brega, com faixas verdes e amarelas, só mostra como nossos ministros são necessitados de aparecer, de ser colocados em um pedestal”, afirmou Ana Paula.
Segundo ela, é “absurdo” ver Alcolumbre e Maia dizendo que Toffoli é “um protetor da Constituição”. “Qual Constituição? A de Levandowski, que fatiou o processo de impeachment da Dilma Rousseff, ou do inquérito das fake news, que fere a legalidade? São tantas Constituições, todo dia vemos uma leitura nova da Constituição dependendo do ministro. Temos que pensar que essa interlocução que vimos hoje é uma interlocução entre eles, que ficam ali se escondendo atrás do rabo, mas não existe interlocução nenhuma com a sociedade. Nenhum processo contra um ministro do STF que venha a ferir a Constituição, como vem acontecendo principalmente com Alexandre de Moraes, vai pra frente”, afirmou a ex-jogadora de vôlei.
Ana Paula também chamou a atenção para a fala do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Martins, que disse que “o poder emana do povo, Toffoli é povo, Toffoli é poder”. “Isso é uma bizarrice sem tamanho, ninguém votou em Toffoli, imagina se falassem isso do Bolsonaro, um presidente que recebeu 57 milhões de votos. Eles ficam se acariciando ali, para mim é um verdadeiro deboche, vivem em um universo paralelo, completamente desconectados da realidade”, continuou a comentarista. Para ela, no entanto, a imagem de Bolsonaro, dos presidentes das Casas, e dos ministros juntos mostra uma “interlocução e civilidade entre os Poderes”. “É até bacana vermos Bolsonaro no STF, mostrando mais uma vez que o fascismo imaginário de grande parte da imprensa e do judiciário não existe. Não existe genocídio como Gilmar Mendes colocou”, finalizou.
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