A Secretaria da Segurança Pública deve anunciar nesta semana um novo protocolo de abordagem entre policiais. O trabalho, finalizado neste final de semana, foi criado depois que policiais civis registraram uma onda de “esculachos” ao serem abordados por policiais militares. A tensão interna entre a Polícia Militar e a Polícia Civil é antiga, mas ganhou força depois que três policiais militares morreram durante abordagem a um homem que usava uma identidade falsa de policial civil na zona oeste da capital. O crime ficou mais dramático porque aconteceu em pleno dia dos pais, no dia 8 de agosto, e dois PMs assassinados tinham esposas que estavam grávidas.
Segundo levantamento realizado junto a policiais civis pelo deputado estadual Bruno Lima, que é delegado de polícia, foram seis abordagens agressivas na última semana. Um vídeo de uma das abordagens na Cidade Dutra, na zona sul da capital, registra dois policiais da Divecar, delegacia especializada na repressão a roubo e furto de veículos, cercados por dez policiais militares, alguns com armas em punho, que exigiam a identificação de todos. O Presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Gustavo Mesquita, sugere que o governo estadual renove as carteiras funcionais dos agentes. Já a presidente do Sindicado dos Delegados de Polícia de São Paulo, Raquel Gallinatti, disse que a abordagem padrão vai evitar novos conflitos. “O nosso objetivo é que conflitos sejam evitados entre policiais militares e civis, que estão em serviço e tem a missão de combater a criminalidade”, explica. Ainda segundo o sindicato, as duas forças policiais estavam em risco iminente de confronto.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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