Os debates da Septuagésima Quinta Assembleia Geral da ONU começam nesta terça-feira, 22. Pela primeira vez na história, as discussões serão de forma remota, com transmissão pela Internet, por causa da pandemia do novo coronavírus. Cada Estado-membro, Estado observador e a União Europeia foram convidados a enviar um vídeo pré-gravado, que será exibido no salão da assembleia geral, em Nova Iorque. O professor de Relações Internacionais, Manuel Furriela, explica que haverá uma perda, por causa da falta de contato entre os representantes. “A perda que talvez aconteça é decorrente da diminuição do contato pessoal, do momento no qual todos os representantes aproveitam para ter esse contato de bastidores e corredores”, afirma.
Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil o discurso de abertura. Para o professor de Direito e Relações Internacionais da Universidade de Relações Exteriores da China, Marcos Vinícius de Freitas, é uma oportunidade para Jair Bolsonaro explicar ao mundo o que acontece com o Brasil na área ambiental. “Existe, por parte do Brasil, não somente desse governo, alguns erros de estratégia na comunicação mundial sobre aquilo que acontece no Brasil. Esse é um aspecto importante que a conferência poderia oferecer ao Brasil uma plataforma para explicar um pouco daquilo que está fazendo”, afirma. Apesar do pedido da ONU por falas gravadas, qualquer líder mundial tem o direito de comparecer pessoalmente para fazer seu discurso de abertura.
*Com informações do repórter Vítor Brown
Compartilhe