Ataque com facas deixa feridos próximo ao jornal Charlie Hebdo na França

Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas após um ataque a facas próximo aos escritórios do jornal francês Charlie Hebdo, em Paris, na França. Duas delas estariam em “estado de urgência”. De acordo com a polícia local, os agressores fugiram e a recomendação é de que as pessoas evitem a área. Os serviços de emergência da França também descobriram um pacote suspeito. As escolas e lares de idosos que ficam próximo ao local foram fechados. Pelo menos duas pessoas estariam envolvidas na ação e ainda não se sabe a motivação.

No último dia 2 de setembro a revista satírica francêsa Charlie Hebdo levou às bancas as charges de Maomé que, em 2006, tornou-se alvo de jihadistas. O grupo atacou redação em 2015, matando 12 pessoas. O início dos julgamentos do massacre também foram iniciados no início desse mês. “Jamais cederemos. Jamais renunciaremos”, escreveu Riss (pseudônimo de Laurent Sourisseau), que sobreviveu ao ataque com ferimentos graves e hoje dirige o semanário.

No início da semana, a Torre Eiffel foi evacuada em Paris após ameaça de bomba. Segundo a emissora local BFM Paris, a polícia recebeu uma ligação anônima que afirmava que uma bomba havia sido plantada no cartão postal de Paris. Policiais armados foram vistos no local para buscar o suposto dispositivo. A Torre Eiffel foi reaberta recentemente – com limite de público – devido à pandemia do novo coronavírus. Em tempos normais, 25 mil pessoas sobem ao deck da torre por dia. Mais de 250 milhões de turistas visitaram o local desde sua construção, em 1889.

Ataque em 2015

O ataque contra a revista satírica Charlie Hebdo ocorreu no dia 07 de janeiro de 2015 e deixou 12 mortos. Os irmãos Saïd e Chérif Kouachi entraram na redação da revista armados com fuzis e mataram parte da equipe da publicação. Todos os mortos foram identificados. São eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, o lendário cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, além do também desenhista Phillippe Honoré, do revisor Mustapha Ourad e da psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal para a “Charlie Hebdo” chamada “Divan”. Entre os outros mortos estão o policial Franck Brinsolaro, que foi morto dentro da sede da revista, e o agente Ahmed Merabet, que morreu na rua, durante a fuga dos terroristas. As outras duas vítimas fatais forma Frédéric Boisseau, funcionário do prédio, e Michel Renaud, que visitava a redação no dia do ataque.

*Mais informações em instantes

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