O autor do massacre supremacista contra duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, que causou 51 mortes em março do ano passado, recusou nesta quarta-feira (26) seu direito de depor no Supremo Tribunal do país. O australiano Brenton Tarrant, de 29 anos, que assumiu sua defesa jurídica para esta fase de condenação, declarou-se culpado em março deste ano das 51 acusações de homicídio, 40 de tentativa de homicídio e uma por terrorismo, evitando assim um longo julgamento de mais de seis semanas. No dia 15 de março de 2019, Tarrant, usando armas semiautomáticas, matou 42 pessoas em menos de seis minutos na Mesquita Al Noor. Ele ainda matou outras sete no Linwood Islamic Center, onde chegou dez minutos depois. As outras duas vítimas morreram posteriormente em decorrência dos ferimentos sofridos nos ataques.
Esperava-se que depois de ouvir os depoimentos de sobreviventes e parentes das vítimas do ataque nas mesquitas, que ele transmitiu parcialmente pelas redes sociais, Tarrant usasse seu direito de falar ao Tribunal da Nova Zelândia. O terrorista, no entanto, tem se mantido impassível nestes dias aos testemunhos emocionantes das vítimas, que vão desde insultos, condenação e perdão. Esta foi a primeira vez que se viram pessoalmente após o ataque. Mas os argumentos tão esperados de Tarrant, que deve ser condenado à prisão perpétua sem fiança, não irão acontecer. Nesta quinta-feira (27), o juiz Cameron Mander, do Supremo Tribunal da Nova Zelândia, emitirá sua sentença, segundo fontes judiciais, em sessão que incluirá também os argumentos do procurador da Coroa, Mark Zarifeh, bem como o advogado assistente do magistrado, Kerry Cook.
*Com EFE
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