A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) prestou depoimento nesta sexta-feira, 25, à Polícia Federal no inquérito que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Bia é ex-líder do governo no Congresso Nacional. Ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, a parlamentar disse que foi “tranquilo”, mas criticou o inquérito, aberto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e as investigações da PF. Para ela, manifestações que ferem a democracia são “aquelas que vão para a rua agredir os outros”, como o Black Lives Matter e os movimentos Antifa
“Se vestir de verde e amarelo e ir protestar com a sua família a favor do presidente não é antidemocrático, isso é um absurdo”, afirmou Bia. “A sensação que fica é que a nossa valorosa PF deveria estar investigando bandidos de verdade e não pessoas que se pautam pelo ordenamento jurídico, mas que fazem valer seu pensamento e a busca pela verdade. Seria o momento de nos unirmos para fazer valer o poder do Parlamento, mas observamos que muita gente prefere não mexer com o STF”, continuou a deputada.
Ela disse que prestou depoimento na condição de uma testemunha não compromissada, ou seja, que não precisaria responder a todas as perguntas — por mais que tenha optado por fazer isso. “Tive que responder com relação a Lei de Segurança Nacional, se eu já havia incitado as Forças Armadas contra as instituições e esse tipo de coisa”, relatou.
Mais cedo, Bia comunicou em suas redes sociais que estaria indo para a PF. “Aqui no Brasil agora é assim. Apoia o Presidente @jairbolsonaro, o Alexandre [de Moraes] tá de olho”, escreveu. Nesta quarta-feira, Eduardo Bolsonaro prestou depoimento no âmbito da investigação. Ele é o segundo filho do presidente Jair Bolsonaro a falar no inquérito. O vereador Carlos Bolsonaro também já foi ouvido.
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