Boris Johnson descarta segundo confinamento: ‘Seria desastroso para a economia’

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson afirmou nesta quarta-feira, 16, que uma nova quarentena no país, como aconteceu entre os meses de março e maio, teria consequências “desastrosas” para a economia e finanças britânicas. Em discurso na comissão de articulação da Câmara dos Comuns, o político garantiu que seu governo está concentrado em fazer “as pessoas poderem voltar ao trabalho”, descartando a extensão das medidas retenção do emprego, introduzida no início do confinamento. A oposição política e os sindicatos alertam que poderá haver uma “enxurrada de demissões” quando terminar, no final de outubro, o programa implantado em março, segundo o qual o Estado paga parte do salário dos trabalhadores das empresas afetadas pelas restrições devidas à pandemia da Covid-19.

Johnson garantiu aos deputados que o governo será “criativo” na promoção de novas medidas de apoio, “mas dentro dos limites”, pois, disse ele, ultrapassar nesse sentido pode ser desastroso. O governo tenta combinar restrições para evitar a disseminação do novo coronavírus com a reabertura gradual da economia, depois que o país registrou sua primeira recessão antes do verão europeu, desde a crise de crédito de 2008.

O Produto Interno Bruto (PIB) britânico cresceu 6,6% em julho, em comparação com o mês anterior – um pouco menos do que os analistas esperavam -, embora ainda esteja 11,7% abaixo do nível de fevereiro. A economia nacional caiu 2,2% no primeiro trimestre e 20,4% de abril a junho, quando o país tecnicamente entrou em recessão.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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