Caso Navalny: Putin diz a Macron que acusações contra Rússia são ‘infundadas’

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou como “infundadas” as acusações contra o país no caso do opositor Alexey Navalny, que se recupera de um envenenamento em um hospital em Berlim, na Alemanha. Em conversa por telefone com Emmanuel Macron, presidente da França, o mandatário reforçou que “para esclarecer as circunstâncias do que realmente aconteceu, é necessário que os especialistas alemães entreguem à Rússia as amostras biológicas, o relatório médico com os resultados dos exames de Navalny e o início de um trabalho conjunto com os médicos russos”. Em comunicado oficial, o Kremlin especificou que a conversa foi realizada por iniciativa de Macron. “A situação em torno do ‘caso Alexey Navalny’ foi longamente discutida. Vladimir Putin ressaltou o caráter inapropriado das acusações infundadas à parte russa. “Foi acordado incentivar a definição dos parâmetros de possível interação com os parceiros europeus sobre esta questão”, acrescenta o governo russo.

Segundo o governo francês, Macron pediu para Putin para esclarecer sem demora “as circunstâncias e responsabilidades” da “tentativa de assassinato” contra Navalny. O presidente francês disse considerar “imperativo” esclarecer o ocorrido e ressaltou a Putin que concorda com as conclusões dos parceiros europeus, que determinam que Navalny foi envenenado pelo agente tóxico do tipo Novichok. O Palácio do Eliseu indicou em comunicado de imprensa que Macron expressou “profunda preocupação com o ato criminoso perpetrado” contra Navalny e sublinhou que “é necessário um esclarecimento por parte da Rússia no âmbito de uma investigação crível e transparente”. Ainda nesta segunda-feira, o governo alemão informou que laboratórios de França e Suécia confirmaram, de maneira independente, as conclusões de um laboratório militar alemão de que Navalny foi envenenado. Alexei Navalny passou mal durante um voo da Sibéria para Moscou, forçando um pouso de emergência em Omsk, onde recebeu tratamento em um hospital local. No entanto, posteriormente, a pedido da família e de seus colaboradores, o líder opositor foi transferido para Berlim, onde segue internado no hospital universitário La Charité.

*Com Agência EFE

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