China x EUA: Pequim anuncia restrições ‘recíprocas’ a diplomatas americanos

A China anunciou nesta sexta-feira, 11, “restrições recíprocas” contra diplomatas americanos, depois que os Estados Unidos anunciaram que os emissários chineses precisariam da aprovação do governo para se reunirem com autoridades locais ou organizarem certos eventos culturais. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores chinês explicou: “Para exigir que os EUA revertam suas decisões errôneas o mais rápido possível, a China enviou recentemente uma nota diplomática anunciando restrições recíprocas”.

Embora não especifique as medidas adotadas, a Chancelaria lembra que tanto a embaixada como todos os consulados – inclusive o de Hong Kong -, bem como seus funcionários, serão afetados. “Essas medidas são a resposta legítima e necessária da China às iniciativas errôneas dos Estados Unidos”, acrescenta o documento, indicando que essas restrições serão canceladas caso Washington faça o mesmo com diplomatas chineses. De acordo com Pequim, as últimas limitações anunciadas pelo governo liderado por Donald Trump “violam gravemente as leis internacionais e as regras básicas que regem as relações internacionais e perturbam as relações entre a China e os Estados Unidos”. No último dia 3, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou uma série de novas restrições à atividade diplomática chinesa no país, agravando ainda mais as graves tensões entre as duas potências mundiais, cujos laços começaram a se deteriorar com o início da guerra comercial que travam desde 2018.

A partir de agora, diplomatas chineses nos EUA devem receber autorização de Washington para visitar os campus universitários, realizar reuniões com funcionários do governo ou organizar eventos culturais com mais de 50 participantes fora das instalações das missões do país asiático. Pompeo também se referiu à reciprocidade, dizendo que quando a China permite aos emissários americanos o mesmo “acesso” que os chineses gozavam nos EUA, Washington retiraria as restrições, que já incluíam a obrigação de diplomatas do país asiático comunicarem com antecedência sobre tais visitas, embora até agora pudessem ser realizadas sem autorização.

*Com informações da Agência EFE

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