Luiz Junior é proprietário de cinco farmácias em São Paulo. Nos últimos meses, ele notou uma mudança no comportamento dos clientes — que agora preferem receber medicamentos em casa ou comprar produtos em comércios próximos de suas residências. A procura por suplementos e vitaminas, por exemplo, aumentou de maneira considerável. Em contrapartida, itens que antes eram consumidos na pré-pandemia apresentaram queda na procura. Nesse vai e vem, o negócio registrou um crescimento de cerca de 35%.
Junior diz que o faturamento, que antes era de R$ 700 mil, saltou para R$ 1 milhão. Mesmo diante dos efeitos da pandemia de Covid-19, dados recentes da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias) apontam que o mercado farmacêutico cresceu 11,16% no último ano. De acordo com Edison Tamascia, presidente da Febrafar, o diferencial dos números registrados no setor pode ser observado entre as farmácias independentes — que apresentaram um aumento no faturamento maior do que os outros agrupamentos.
Entre agosto de 2019 e julho de 2020, as farmácias independentes que vinham com um crescimento abaixo do mercado, se destacaram e cresceram 14,5%. As grandes redes corporativas registraram aumento de 9,3% — enquanto as demais redes corporativas aumentaram em 3,8% o faturamento. Ainda segundo o presidente da Febrafar, existem vários fatores que contribuem para o crescimento acima da média do canal farmacêutico, dentre os quais podem ser citados: essencialidade, evolução demográfica, patologias epidêmicas e desenvolvimento de mercado.
*Com informações da repórter Caterina Achutti
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