Deslizando desde dezembro do ano passado, a pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá alcançou 104,2 pontos neste mês de maio. Esta marca representa uma queda de 2,8% em relação ao mês anterior e está inferior à pontuação do mesmo período do ano passado, quando alcançou 106 pontos. A última vez em que o índice atingiu um número tão baixo foi em outubro de 2023, quando registrou 102,5 pontos.
O maior declínio apontado na pesquisa atual foi entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, com uma queda de 3,2% em comparação com o mês anterior, em contraste com apenas 0,9% entre aquelas com renda superior a 10 salários.
Segundo José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, a redução na pesquisa reflete a preocupação geral da população de Cuiabá com a situação econômica do país. Ele explicou que a queda contínua no índice demonstra uma incerteza econômica persistente entre os consumidores, mesmo com uma melhora na renda de uma parcela da população, ainda há cautela em relação aos gastos.
Todos os componentes da pesquisa, realizada pela CNC, registraram queda no mês, com destaque para a Compra a Prazo, que caiu 7%, e a Perspectiva Profissional, que teve uma redução de 6,6%. Momento para Duráveis e Emprego Atual também apresentaram queda, de 3% e 2,1%, respectivamente.
No que diz respeito à situação atual da renda das famílias em Cuiabá, a pesquisa revelou que 55% dos entrevistados afirmaram que a situação está melhor em comparação com o ano anterior, enquanto apenas 19,8% consideram que piorou e 25,1% disseram que está igual.
Sobre esse aspecto, Wenceslau Júnior destacou que, apesar da maioria apontar uma melhora na renda, a queda em indicadores como Compra a Prazo e Perspectiva Profissional revela uma incerteza econômica persistente entre as famílias da cidade.
A nível nacional, o índice também apresentou queda, porém de forma menos marcante do que em Cuiabá. O índice nacional passou de 101,4 pontos em abril para 100,8 pontos em maio, o que representa uma diminuição de 2,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
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