O deputado federal e vice líder do governo na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PSL-RJ), entrou com uma representação junto ao Ministério Público para apurar crime de racismo no caso do processo seletivo para contratação de trainees da Magazine Luiza, 100% voltado para negros. Em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, Jordy argumentou que o programa, que tem como embasamento ser uma ação afirmativa, “é completamente excludente”. “Eles alegam que não há negros nos cargos de diretoria da empresa, mas o que fazem é excluir qualquer tipo de etnia. Estão excluindo brancos, pardos, indígenas, todos os tipos de raça”, afirmou o deputado.
Segundo ele, se esse processo seletivo “for aceito como está”, será a “legalização do racismo no Brasil”. Além disso, vai abrir portas para que outras empresas façam o mesmo, como a Bayer, que também abriu uma seleção voltada a pessoas negras. “É a mesma coisa que dizer que só brancos podem participar. É obvio que não existe racismo reverso, existe racismo, o racismo é a discriminação contra qualquer raça, o branco hoje sofre preconceito por esses movimentos movidos por ódio”, disse Jordy, que criticou os movimentos Black Lives Matter e Vidas Negras Importam que, de acordo com ele, “só querem lacrar”.
Críticas nas redes sociais por ‘racismo reverso’
Ao anunciar o programa, a Magazine Luiza afirmou que quer “alcançar a verdadeira equidade através da riqueza que existe na diversidade” e ajudar a “construir novas histórias a partir da valorização de profissionais negros dentro do mercado de trabalho“. No Twitter, a empresa também respondeu o deputado Carlos Jordy: “Estamos absolutamente tranquilos quanto à legalidade do nosso Programa de Trainees 2021. Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional, de pessoas discriminadas há gerações, fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho”, respondeu.
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