Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o deputado federal Paulo Ganime (Novo) explicou o pacote de nove projetos para mudar a lei brasileira contra a corrupção apresentado por grupo de parlamentares ao Congresso do qual faz parte. Segundo ele, é função primordial dos parlamentares criarem mecanismos para incentivar o trabalho contra a corrupção, além da imprensa, sociedade civil e organizações “para garantir que a pressão popular faça com que o combate contra a corrupção seja algo levado a sério no Brasil, que não seja esmorecido por aqueles que querem o contrário, como políticos corruptos.” O parlamentar explicou: “Temos que fazer nossa parte, sermos mais fortes na Câmara para essas pautas, ser mais numerosos, não estou falando só do Novo, mas parlamentares engajados com a pauta. É o velho ditado água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Eles trabalham para minar a Lava Jato, que tem papel importante, mas também em outros projetos. Não temos que aprovar só os novos, mas evitar que projetos ruins aconteçam. Ou bons, como o pacote anti-crime, que são transformados em algo ruim. Era positivo, mas foi deteriorado no grupo do trabalho – felizmente, o presidente Bolsonaro vetou. E temos trabalhado para ele manter esses vetos.”
Sobre a PEC da prisão em 2ª instância, o deputado mostrou otimismo, embora tenha feito ressalvas: “A gente ouviu até do próprio relator que há correntes que tentam minar essa PEC, mas o relatório foi publicado, o que deixa a gente feliz e otimista para avançar. Quem sabe ainda este mês avance no Plenário. Fizeram de uma forma que é ruim para o combate à corrupção, mas facilita para tramitar, porque não vai pegar aqueles que já estão com processo em curso. Aqueles políticos com problemas com a justiça não poderão se opor tanto. Vamos conseguir avançar, sim. Se não falarmos disso, ela vai ficar esquecida.”
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