A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) lançou sua candidatura à Prefeitura de São Paulo ao lado do vice, o empresário Ivan Sayeg, no começo de setembro e, nesta terça-feira, 15, o partido rejeitou coligação com o pré-candidato do Republicanos, deputado Celso Russomanno, para manter a candidatura de Joice. Em 2018, ela foi a segunda deputada mais votada da Câmara dos Deputados, ficando atrás de Eduardo Bolsonaro, também eleito pelo partido presidido por Luciano Bivar. O terceiro lugar em número de votos no pleito de 2018 ficou para Russomanno. Para essa disputa, a candidata avalia que, dos “nomes que se colocaram à disposição, vejo que nenhum deles tem condições” e afirmou ter a “força e a coragem” necessárias para comandar a cidade e combater “máfias que se alocam na prefeitura desde o tempo do PT e que continuaram na gestão do PSDB”.
A ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara e apoiadora da Lava Jato defende que, para a recuperação da economia na cidade, é preciso oferecer linhas de crédito com juros baixos para que a população de São Paulo possa voltar a produzir e ter renda. Ela foi relatora do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) do governo federal, aprovado pelo Congresso como uma das medidas de redução da crise provocada pelo novo coronavírus. À Jovem Pan, Joice afirmou que deve revelar seu plano de governo em breve, assim como o nome dos técnicos que a ajudaram a desenvolver suas propostas para a cidade de São Paulo. “O coordenador é o Marcos Cintra, que todos conhecem, e já foi vereador, secretário e chefe da Receita Federal do governo Bolsonaro, mas há também técnicos, 2 ex-ministros, ex-secretários e ex-governadores. A equipe mais qualificada para governar São Paulo”, disse.
Veja algumas propostas defendidas pela candidata do PSL à Prefeitura de São Paulo:
Economia: Linhas de crédito
Segundo a candidata, os paulistanos que perderam o emprego com a pandemia do novo coronavírus “precisam de renda imediata”, então, uma de suas propostas seria a criação de linhas de crédito inicialmente voltadas para mulheres, e que também ofereceria cursos profissionalizantes. “Com um treinamento técnico e uma pequena linha de crédito, essas pessoas já voltam a produzir e ter renda, e quem tem renda, gasta e fomenta o comércio e o serviço e, com isso, conseguimos fazer a roda da economia começar a girar”. O “banco da mulher” estará ligado a uma secretaria de empreendedorismo que avaliaria as situações e as possibilidades de linhas de crédito.
Saúde: Modernização e tecnologia
Para a candidata do PSL, “é inacreditável que São Paulo ainda não tenha um prontuário eletrônico e o médico do hospital não tenha acesso ao que aconteceu com aquele paciente na UBS, por exemplo”. Joice defende a modernização do sistema de saúde municipal através de tecnologia, que ajudaria também no treinamento de agentes de saúde e médicos, além da criação do prontuário eletrônico, que conectaria as informações da rede municipal de saúde.
Educação: Modernização e conectividade
Na análise da candidata do PSL, o ensino à distância fez que com os alunos do município “perdessem completamente o ano”. “Enquanto alguns tiveram um atendimento mediano, que se aproxima do medíocre, com aulas online, outros não tiveram nada, por que não têm conectividade, as comunidades de São Paulo estão fora do cinturão da conectividade. Eu estive entre Parelheiros e Grajaú e fiquei sem sinal por mais de uma hora. Essas crianças perderam completamento o ano letivo”, disse. Segundo ela, é possível levar internet para os locais onde as antenas das operadoras de telefonia não chegam “através de uma tecnologia aplicada nos Estados Unidos a um custo muito baixo. Uma pequena antena pode resolver essa questão e vou apresentar os valores em breve”,
Social: Fim da Cracolândia e atendimento à população de rua
A candidata, que esteve recentemente na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo, e foi vítima de fake news que afirmavam que ela havia contratado atores para ir até o local – vídeo derrubado pela Justiça Eleitoral –, diz que o problema da região só será solucionado com uma “ação tripla”. “É preciso entender cada realidade. Aquele que perdeu a consciência para o crack e não responde por si, o município pode atuar com internação compulsória. E não quero nem saber de movimento crack livre. O direito humano dessa pessoa é conseguir sobreviver, então será internação compulsória. Para aqueles que são usuários, mas ainda têm o discernimento, traremos as igrejas para perto da Prefeitura e, com parcerias, essas pessoas podem acolher e dar o amparo espiritual e carinho necessário, algo que já fazem. E o município pode atuar ainda com a religação à família, oferecendo atendimento psicológico e estrutura. Agora, àquele que está ligado com o tráfico, é cadeia nele”, disse.
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