Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e membro do Movimento Brasil Livre (MBL), Arthur do Val (Patriota) afirmou recentemente no Twitter que, se eleito, será o prefeito que colocará fim à Cracolândia, área central da cidade dominada pelo tráfico de drogas e por usuários de crack. A publicação de Arthur, assim como boa parte de suas declarações nas redes sociais, gerou polêmica e mais de 800 respostas. “Serei o prefeito que vai acabar com a Cracolândia em São Paulo. Tirem print”, escreveu. Colocar fim ao sofrimento dos usuários de drogas e dar liberdade e segurança aos moradores da região são pautas defendidas por candidatos ao longo das eleições na cidade de São Paulo. Porém, os programas sociais até hoje desenvolvidos ainda não colocaram fim à situação vivida a céu aberto na região da Santa Efigênia. Para Arthur, os prefeitos falharam com as políticas públicas na região porque “defenderam soluções ideologizadas, de ambos os lado, que são erradas”. “Todos os outros candidatos e prefeitos não bateram na questão central, e esse problema só se resolve com uma solução completa”, afirmou em entrevista à Jovem Pan.
Para a campanha eleitoral, o pré-candidato aposta na internet, onde ficou conhecido pelas opiniões polêmicas e debates com setores da esquerda, e afirma que a pandemia da Covid-19 reforçou ainda mais o ambiente digital nessa disputa. Arthur mantém o canal “Mamãe Falei” no Youtube, com mais de 2 milhões de inscritos. Para financiar a campanha, ele lançou uma vaquinha virtual e diz que não usará os recursos públicos disponíveis para o pleito.
Veja algumas propostas defendidas pelo pré-candidato do Patriota à prefeitura de SP:
Social: Fim da Cracolândia
Segundo Arthur, três principais medidas colocariam fim ao consumo e tráfico de drogas na região da Cracolândia. “É preciso descentralizar os equipamentos sociais. Isso foi agravado na gestão Kassab e Haddad. Temos que deixar essas pessoas em situação de vulnerabilidade próximas de seus laços afetivos e oferecer o atendimento psicológico. Também é preciso flexibilizar a lei de uso de imóveis e de construção na cidade para que surjam demandas naturais de mercado também nessa região. E aplicar a lei e a ordem, ser totalmente intolerante com aglomerações para uso de drogas. Não podemos mais fingir que não vemos isso”.
Economia: Revisão do Plano Diretor
Para Arthur, a oportunidade de revisar o Plano Diretor de São Paulo no próximo ano pode dar fôlego à recuperação econômica da cidade no pós-pandemia, além de estabelecer uma agenda de privatizações e desoneração da folha. “Sou privatista, mas isso não será o suficiente. O próximo prefeito terá um problema orçamentário gigante e isso já acaba com o discurso de ‘vou fazer’. Não vai, porque não vai ter dinheiro. A revisão do Plano Diretor pode aquecer todo o mercado imobiliário e nós vamos retirar as travas burocráticas para que isso aconteça”, disse. Segundo ele, um plano econômico “menos interventor e mais livre” pode acabar estimulando a competição que “fomenta a atividade econômica sem dar dinheiro na mão dos amigos do rei”.
Saúde: Modernização
Na Saúde municipal, o pré-candidato afirma que uma transformação tecnológica ajudaria os médicos das Unidades Básicas de Saúde a pararem de passar “mais tempo preenchendo papel do que consultando o paciente”. “Em São Paulo, já temos boas UBSs e AMAs, mas as equipes são mal distribuídas. É preciso valorizar os médicos zonais, que estão perto da ocorrência, e trazer novas tecnologias para aplicar nos hardwares que já temos no município para modernizar o sistema”, avalia.
Educação: Escolas abertas
O pré-candidato do Patriota acredita que cabe ao município um dos “papeis mais bonitos” quando o assunto é educação. “É o primeiro contato que a criança tem com a escola. Então, você pode transformar ou destruir uma geração inteira dependendo da formação oferecida”. Ele defende que o projeto “Escola 360”, onde as instituições municipais ficariam abertas 360 dias para receber os alunos, pode ser uma chance de transformar a atual realidade da cidade. “Iremos oferecer merenda e almoço para as crianças, e as mães que trabalham saberão onde os filhos estão. Vamos usar o equipamento público para promover disputas interclasses, interescolares, e a promoção de esportes, porque isso devolve ao estudante a sensação de pertencimento. O aluno que tiver dificuldades de aprendizado vai passar por reforço para que recupere suas notas. A capital não pode puxar os índices do Estado para baixo, esse tipo de programa já deu resultados e vamos gerir bem.”
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