O secretário de educação do Paraná, Ricardo Feder, disse nesta quarta-feira, 16, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, que as escolas “serão transformadas em hospitais” quando as aulas presenciais retornarem no estado. Isso porque os protocolos de segurança serão rígidos, segundo ele. Além do distanciamento entre os alunos, o uso de álcool gel e a lavagem das mãos com frequência, as crianças deverão usar máscara o tempo todo — com exceção dos pequenos, de até três anos. Professores e outros profissionais também vão utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPIs) completo. Na hora do recreio, a ideia é que haja um revezamento, para que a turma possa interagir, mas não se misturar com as outras.
Para Feder, a maior preocupação com as aulas remotas é a evasão escolar. Segundo ele, “a cada dia que passa são dezenas, centenas de alunos que talvez nunca mais voltem as escolas”, o que impacta no futuro da educação como um todo. As aulas presenciais da grade curricular do estado estão suspensas, tanto na rede particular quanto na rede pública de ensino, mas recentemente foram liberadas as atividades extracurriculares nas escolas privadas. Apesar de ser a favor do retorno, Feder deixou claro que a Secretaria da Educação seguirá a recomendação dos profissionais de saúde.
O secretário afirmou, ainda, que durante a quarentena 15 mil famílias tiraram seus filhos da rede privada e colocaram na rede pública. Segundo ele, o motivo não é a questão financeira, já que o desemprego no Paraná não foi tão expressivo quanto em outras regiões do Brasil. “Por quatro décadas as famílias endinheiradas saiam das escolas públicas e iam para as privadas. Agora, o movimento é contrário porque estão gostando das aulas remotas, das videoaulas, é um movimento que nos dá orgulho como educadores”, disse. O Paraná chegou hoje 155.661 casos confirmados do novo coronavírus, de acordo com o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O estado registra 3.928 mortes por causa da Covid-19.
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