Primeiro colocado no ranking de mortes por Covid-19 nos Estados Unidos, o estado de Nova York anunciou nesta sexta-feira a liberação para 750 distritos educacionais reabrirem as portas de suas escolas em setembro, dando a flexibilidade para que as diretorias estabeleçam os seus próprios planos de retorno às atividades. Em entrevista coletiva via internet, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, afirmou que as circunstâncias são diferentes em cada distrito e delegou à administração dos centros e aos governos locais as decisões sobre como abordarão a educação remota e os protocolos de testes e rastreamento no caso de um resultado positivo. Esses planos devem ser aprovados pelo Departamento de Saúde.
O governador declarou que as escolas só poderão retomar as aulas presenciais se a região em que estão localizadas estiver em estágio avançado de reabertura e a taxa de contágio permanecer abaixo de 5%, indicadores que há muito foram atingidos na região, outrora epicentro da pandemia em território americano. “Se você olhar para nossa taxa de infecção, provavelmente estamos na melhor posição do país neste momento. Se alguém pode abrir as escolas, nós podemos abrir as escolas. E isso é verdade para cada região do estado, ponto final”, disse o político democrata.
Todavia, ele advertiu que se a taxa de positividade subir para 9% em qualquer uma das dez regiões de Nova York, todas as suas escolas terão que fechar, sejam públicas ou particulares. Os distritos em todo o estado devem publicar seus planos de abertura em seus websites e têm até 21 de agosto para explicá-los aos pais durante três sessões. As áreas mais densamente povoadas, incluindo a cidade de Nova York, são obrigadas a realizar cinco dessas reuniões online.
“Os pais têm que ser incluídos e acreditar que o plano faz sentido. Os professores têm que ser incluídos e acreditar que o plano faz sentido. Eles acabam determinando isso. Se um professor não aparecer, a sala de aula não pode ser aberta. Se um dos pais não envia seu filho, não há criança para educar”, destacou. Na cidade de Nova York, que tem o maior sistema de educação pública dos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de estudantes, as autoridades estabeleceram um limite máximo de 3% de infecções para a abertura de escolas, mais rigoroso do que a exigência do estado.
O governador ressaltou que, dos 749 distritos de Nova York, cerca de 130 ainda não apresentaram seus planos de reabertura e, entre aqueles que o fizeram, 50 não foram aprovados após revisão pelo Departamento de Saúde, uma das principais preocupações é o protocolo de teste do coronavírus para estudantes e professores.
*Com Agência EFE
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