Nessa terça-feira, 29, o político e advogado Ciro Gomes (PDT) participou do programa Pânico e deixou sua opinião sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. “Eu considero o Bolsonaro um boçal genocida. Se você tomar a América do Sul, menos o Brasil, eles têm 10 milhões de habitantes a mais do que nós, têm a mesma contradição de renda, se tem algo melhor é para o Brasil, que é o mais rico de todos, têm o mesmo clima e todos eles juntos têm a metade das mortes no Brasil. Qual a diferença? Jair Messias Bolsonaro. Na China tem 1 bilhão de habitantes, como fez isolamento e confinou, teve menos mortes que o Ceará. Quando a gente tem esses surtos, temos que nos guiar pela ciência, não pela superstição, ou palpiteiro”, disparou.
Questionado sobre a popularidade do presidente depois do auxílio emergencial, Ciro foi enfático. “Essa história de que ele está popular, vocês estão navegando na maionese. Eu tenho pesquisas do Brasil inteiro, das grandes cidades, ele tá é ferrado. Em São Paulo, 49% é a rejeição na capital. Bolsonaro tem hoje a pior avaliação de governo de todos os governantes na mesma data. Com a pandemia o colapso, que já era grave, ele cuidou de piorar tudo. A atitude anticientífica, prescrevendo remédio que ele não entende, escolhendo ministro paraquedista. Tudo isso está documentado. Em dezembro, (o auxílio) some, aí vamos ver essa popularidade”, falou.
Perguntado sobre a situação da esquerda no Brasil, Ciro comentou: “A esquerda tradicional brasileira, que é muito confundida com o petismo, está completamente desmoralizada, é só galanga atrás de santo. Está perdidaça, porque eles imaginaram que era possível aplicar o neoliberalismo e melhorar o caminho e produziram isso aí. Na hora que o Bolsonaro passa a assinar o cheque do socorro, o petismo perde sua base social”. Sobre as próximas eleições presidenciais, o político deu sua visão. “Eu acho que as eleições nos grandes centros urbanos agora terão indicativos para 2022. Acho que a população vai votar buscando um bom administrador, mas o segundo motivo do voto vai ser um banimento desses extremos que o lulapetismo e o bolsonarismo representa. Em 2022, acho que será mais um caminho à centro-esquerda”, disse.
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