A indicação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte foi confirmada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e marca um importante movimento eleitoral na reta final da disputa à presidência. Com a nomeação de Barrett, o presidente busca energizar a base fiel do eleitorado republicano e briga para garantir uma nova juíza na Corte antes da eleição, para o caso de a votação ser judicializada. “Se confirmada, ela fará a história como a primeira mãe de crianças em idade escolar a servir na Suprema Corte”, disse Trump, ao lado de Barrett, nos jardins da Casa Branca neste sábado.
Para o presidente, a juíza é notável pelo caráter e intelecto e qualificada para o trabalho. Durante a cerimônia, ele mencionou os nomes dos sete filhos de Barrett, que assistiam à solenidade na primeira fileira do público. “Ela irá decidir (casos) baseada no texto da Constituição como escrito”, afirmou Trump. Juíza da Corte de Apelações Federal para o 7º Circuito, em Chicago, Barret era a favorita ao posto da ala conservadora do partido republicano, por sua visão anti-aborto.
A possibilidade de ampliar o conservadorismo na Corte é tema de campanha de Trump desde antes da morte de Ruth Bader Ginsburg e tem sido explorada politicamente pelo republicano, que está pressionado pelo mau resultado nas pesquisas eleitorais. O assunto mudou o foco das atenções na política e na imprensa americana e se sobrepôs às manchetes sobre a pandemia de coronavírus, por exemplo, na semana em que os EUA superaram a marca de 200 mil mortos por covid-19.
* Com Estadão Conteúdo
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