O Cruzeiro recebeu uma nova punição da Fifa. A partir desta quarta-feira, o clube está proibido de registrar novos jogadores por causa da ação imposta pelo Zorya, da Ucrânia, referente à compra do atacante Willian, hoje no Palmeiras, em 2014. Em comunicado oficial, a diretoria do clube mineiro contestou a sanção, justificando que a dívida de 1,1 milhão de euros pelo jogador, cerca de R$ 6,9 milhões na cotação atual, venceu em 20 de agosto, e os clubes chegaram a um acordo no mês passado.
“É lamentado e contestado pelo Cruzeiro Esporte Clube, já que o acordo celebrado entre as partes, se fez mediante canais oficiais previstos pela Fifa para tanto”, diz um trecho da nota oficial do Cruzeiro. O clube mineiro explicou como se deu o acordo com o Zorya, e comunicou que enviou uma manifestação formal à Fifa nesta terça-feira, 1º de setembro. O Cruzeiro quer que a pena seja reconsiderada.
“Na véspera da data de vencimento da dívida, o FC Zorya notificou o Cruzeiro, por meio de seu e-mail oficial, cadastrado no Fifa/TMS, informando que realizou uma cessão do crédito específico ao Alik Football Management, da Estônia. Desta forma, o Cruzeiro negociou o parcelamento do débito diretamente com o Alik, mas, para se resguardar, exigiu que o FC Zorya fizesse parte do acordo como terceiro interessado, e informou que faria o pagamento somente após sua homologação pela Fifa”, explicou o Cruzeiro.
O clube se baseia em duas variáveis para contestar a punição – a possibilidade de o sistema da Fifa ter apresentado algum tipo de falha, ou o time ucraniano estar contradizendo os documentos. Os mineiros apresentaram os documentos do acordo no site oficial, e dizem estar seguros de sua posição. “O Clube reitera que em todos os momentos e processos agiu com absoluta clareza, boa fé e dentro da legalidade, confiando que a comunicação feita por meio dos canais oficiais da Fifa, com todos os envolvidos em cópia, inclusive o advogado do FC Zorya, são válidas”, assegura o time mineiro.
Esta não é a primeira vez que o Cruzeiro é punido pela Fifa. A equipe teve que começar a Série B do Campeonato Brasileiro com menos seis pontos pelo não cumprimento da ordem de pagamento de 850 mil euros (R$ 54 milhões na cotação atual) referente à dívida com a Al Wahda pelo empréstimo do volante Denilson.
* Com Estadão Conteúdo
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