O governo fixou em 20% a tarifa de importação do etanol. A decisão contraria os Estados Unidos, que pressionavam pela taxação zero e ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, atua para convencer o presidente Jair Bolsonaro a manter a cota por mais 3 meses. A regra com tarifa zero para 750 milhões de litros perde a validade em setembro. No ano passado, o Brasil recebeu mais de 1,4 bilhão de litros do biocombustível, dos quais 90% tiveram a origem dos Estados Unidos. O país se aproxima das eleições e havia um desejo do presidente Donald Trump em agradar os produtores norte-americanos.
A mistura do etanol na gasolina não evoluiu no país, por ação das petroleiras, e há um excedente considerável de etanol a base de milho, em uma cadeia que recebe fortes subsídios, ou seja, com preços atrativos para importação. O agronegócio brasileiro acompanhava a questão de perto e contou com o apoio da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. A bancada ruralista no Congresso levou sua preocupação ao governo pelo forte impacto da decisão junto aos produtores brasileiros, após a queda no consumo gerada pela pandemia do coronavírus.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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