O governo da França colocou nesta quinta-feira, 27, mais 19 dos seus 101 departamentos em “zona vermelha” devido ao aumento da circulação do novo coronavírus, juntando-se aos de Paris e Bouches-du-Rhône, cuja capital é Marselha, permitindo desta forma que as autoridades locais tomem medidas restritivas adicionais. A decisão anunciada pelo primeiro-ministro, Jean Castex, autoriza os prefeitos a limitar a circulação de pessoas e veículos, além de proibir certas concentrações de pessoas ou fechar provisoriamente restaurantes, museus ou mercados, entre outros locais, quando julgar necessário.
Atualmente, a França está registrando cerca de 3 mil infecções diárias, em comparação com mil no final do confinamento, em maio, e cerca de 39 positivos são detectados para cada 100 mil pessoas, um nível quatro vezes maior do que há um mês. “Esses indicadores mostram que a epidemia está ganhando terreno e que é devemos intervir ou continuar a fazê-lo em grande escala”, disse Castex, especificando, no entanto, que seu alerta não significa que o país esteja em uma situação “grave” como no início do ano.
A maioria dos departamentos em vermelho está no sudeste da França e em torno da região de Paris, e sua nova classificação, que se soma à ditada em meados do mês para a capital e Marselha. A menos de uma semana do retorno às aulas, no dia 1º de setembro, o governo deixou claro em entrevista coletiva que já elaborou planos de confinamento “territorial ou global” e que o sistema hospitalar também está pronto para uma eventual nova onda da doença. “Nosso objetivo é fazer de tudo para evitar o reconfinamento”, disse Castex, segundo os quais os três pilares governamentais para conter a epidemia são a prevenção, a ação local com base nas necessidades da comunidade em questão e a quebra da cadeia de infecções com testes e isolamento das pessoas afetadas.
Na França, semanalmente são realizados cerca de 830 mil testes e a meta é chegar a um milhão até setembro. Além disso, desde o último dia 17, foram registradas cerca de 700 multas diárias pelo não uso de máscaras em locais onde sua utilização é obrigatória.
*Com informações da Agência EFE
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