Depois de 8 anos de um relacionamento à distância, a brasileira Josi Melo subiria no altar com o namorado, o norte-ameriano Aaron, no dia 06 de maio. Josi estava no Brasil e ele nos Estados Unidos quando as fronteiras entre os dois países foram fechadas por causa da pandemia da Covid-19. Desde então, ela só consegue falar com Aaron por vídeo. A brasileira conta que a tecnologia até os aproximou, mas aponta que o contato físico faz falta.
Josi encontrou conforto na internet. Casais de todas as partes do mundo se uniram na corrente “Love Is Not Tourism” ou, em português, “O Amor Não é Turismo”, para pedir a liberação da entrada de estrangeiros em países com acesso restrito. Por mais que alguns já tenham experiência quando o assunto é quilometragem, a imprevisibilidade causada pela pandemia aumenta a ansiedade. A especialista em terapia comportamental, Heloísa Capelas, afirma que é importante criar a sensação de conforto com a pessoa que está do outro lado da tela.
A brasileira Carmem Maia e o francês Gilbert Morain, separados desde o início da pandemia, criaram alguns costumes para ultrapassar este período. Juntos há quatro anos, eles viviam em Paris, mas a Carmem estava no Brasil visitando a filha, que está grávida, quando as fronteiras fecharam. Foram meses acordando de madrugada por causa do fuso horário de cinco horas e as chamadas de vídeo, que não eram rotineiras, viraram o novo “momento” do casal. Gilbert conta que o início foi até bom, mas depois, a solidão tomou conta. Depois de assinar a união estável e realizar um exame de detecção da Covid-19, Gilbert veio para o Brasil e agora os dois estão juntos de novo.
Apesar da apreensão de ver o parceiro pegar um avião durante a pandemia, Carmem se sentiu aliviada com o reencontro. Os Estados Unidos continuam com as fronteiras fechadas, mas a maioria dos países já permite a entrada de turistas, desde que o visitante apresente resultado negativo para a Covid-19, entre outras medidas.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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