Em vídeo publicado durante o feriado da Independência, nesta segunda-feira, 7, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vive um dos piores momentos da história. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveita “o sofrimento coletivo para sorrateiramente cometer um crime de lesa-pátria”. Ao dizer que seria possível evitar “tantas mortes” pela pandemia, o ex-presidente criticou “a substituição da direção do Ministério da Saúde por militares sem experiência médica ou sanitária”. Para o comentarista Guilherme Fiuza, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, “o sucessor do Lula é o coronavírus”, pois colocou o Brasil em uma recessão que provavelmente será maior do que “a provocada pelo Partido dos Trabalhadores (PT)”.
Ele citou uma declaração de Lula, feita há cerca de três meses, em que o ex-presidente “agradeceu a natureza” por ter criado “esse monstro chamado coronavírus”. “Quando vejo essas pessoas acharem bonito que ‘tem que vender tudo o que é público’, que o ‘público não presta nada’, ainda bem que a natureza contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises”, disse Lula. Segundo Fiuza, esse foi “o último surto de sinceridade do ex-presidente”. “Um personagem com espírito de porco se denuncia, e ele fez essa declaração comemorando a chegada do coronavírus. Depois tentou fazer um arranjo verbal que era para mostrar que o projeto econômico de Guedes contraria o projeto de estado forte do Lula, que na verdade montou um Estado para vendê-lo a um cartel de empreiteiros”, afirmou o comentarista.
Fiuza declarou, ainda, que a Lava Jato “tem a obrigação de reconduzir o petista para a prisão”. “Estávamos falando da eficácia da Operação e das tentativas sorrateiras, e não tão sorrateiras, de neutralizá-la. Lula tem que ser reconduzido, porque é um ladrão condenado há mais de 20 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Para isso, ele montou um sistema que envolve tráfico de influência, perpassando vários setores públicos e privados do País. Onde está a ação das forças da lei para coibir o poder de tráfico de influência de Lula, solto em uma manobra suspeita e retórica do STF?”, questionou, referindo-se a decisão que mudou o entendimento sobre a prisão após segunda instância, que livrou o ex-presidente da cadeia.
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