Com a retomada das atividades econômicas, um milhão de pessoas voltaram a procurar emprego durante a segunda semana de agosto, na comparação com o período anterior. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 4, mostram que uma parcela dessa população conseguiu se ocupar, mas a restante foi para a desocupação, aponta a pesquisa semanal da PNAD COVID-19. “Uma parte dessas pessoas conseguiu se ocupar, mas o restante foi para desocupação. Embora pouco significativo, tivemos um leve aumento da população ocupada (82,1 milhões) e da desocupada (12,9 milhões), e uma discreta diminuição da população fora da força de trabalho (75,4 milhões). Isso sugere, como já tínhamos observado na semana passada, uma leve retomada das atividades econômicas e da recuperação do emprego”, analisou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
A retomada também é observada nos dados de informalidade. Na segunda semana de agosto, 28 milhões de pessoas estavam trabalhando de forma informal, o que representa um leve aumento ao registrado na semana anterior, em que 27,9 milhões de pessoas estavam informalmente ocupadas. A taxa de informalidade ficou em 34,1%. No início de maio, 30,0 milhões trabalhavam de forma informal. A pesquisa considera, entre os informais, empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente. Enquanto isso, os demais indicadores da pesquisa mostram estabilidade dos dados entre a primeira e segunda semana de agosto. Ao todo, 4,3 milhões de pessoas que estava afastada por causa do isolamento social. Por outro lado, aumentou para 2,7 milhões o grupo que estava distante do trabalho por outro motivo, seja por licença maternidade ou doença. O contingente de ocupados que trabalhavam de forma remota ficou estável (8,3 milhões).
Estudantes
A divulgação semanal da PNAD Covid-19 também trouxe dados sobre a frequência e realização de atividades por estudantes matriculados em escolas e universidades. Dos 45,8 milhões de estudantes que frequentavam escolas ou universidades, 36,8 milhões (80,3%) tiveram atividades escolares na segunda semana de agosto, um aumento de 1,6 milhão na comparação com a semana anterior. Além deles, 16,6% dos alunos não tiveram atividades escolares e 3% estavam de férias no período. Entre as regiões, o Norte possui o menor percentual de estudantes com atividades escolares,com 56,2% de abrangência. Ao mesmo tempo, outros 39% ficaram sem atividades no período, o que corresponde a 1,8 milhão de estudantes. Nas outras regiões, o percentual de estudantes com atividades escolares cresceu, atingindo: no Nordeste, 73,8% tiveram atividades; no Centro-Oeste 85,8%; no Sudeste 86,6%; e no Sul 92,1% de alunos com atividades.
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