Para reforçar o compromisso com a periferia, Tatto será oficializado em uma transmissão ao vivo feita a partir de uma laje no Jardim São Luiz, Zona Sul. Ele estará acompanhado apenas do presidente municipal do PT, Laércio Ribeiro. A escolha do vice deve ser anunciada também neste sábado. O ex-prefeito Fernando Haddad fará uma participação online, assim como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que mora em Curitiba. Lula gravou um vídeo que será exibido durante o evento. Aos 75 anos de idade e com histórico de um câncer na garganta, o ex-presidente não deve participar pessoalmente das campanhas do PT por estar no grupo de risco da Covid-19.
Lula terá dois papéis na campanha em São Paulo. O primeiro é dar um discurso nacional, já que o candidato, Tatto, construiu a vida política no âmbito da cidade (foi secretário nas gestões Marta Suplicy e Haddad). O segundo é manter a frágil unidade do partido na capital. “Lula é o grande condutor. Ele simboliza uma outra alternativa social e política para o Brasil”, disse Dias. A participação de Lula, no entanto, será limitada pela pandemia.
A tônica da campanha será o legado das administrações petistas em São Paulo, explorando marcas como os corredores de ônibus, o bilhete único, a merenda escolar e outras políticas políticas implantadas nas administrações petistas. Tatto, no entanto, vai ter que disputar esse legado, já que Erundina está ao lado de Boulos e Marta declarou apoio a Covas. Além disso, Tatto deposita suas fichas na máquina partidária petista na periferia, formada por uma ampla rede de apoios de dirigentes comunitários e líderes de bairro, muitos deles ligados aos vereadores do partido. Mas até mesmo a eficácia dessa máquina é colocada em dúvida. Em 2016, Haddad não chegou sequer ao segundo turno contra Doria e perdeu em todas as 58 zonas eleitorais da cidade.
*Com Agência Estado
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