No Jornal da Manhã desta sexta-feira (4), o comentarista Josias de Souza avaliou a proposta da reforma administrativa do governo. “Depois de um ano de embromação, chegou ao Congresso a reforma administrativa do Governo, ela é feita de uma combinação de pedaços dos desejos de Paulo Guedes com as travas impostas pelo presidente Bolsonaro, essa mistura produziu uma espécie de reforma Frankenstein. Elimina alguns privilégios, restringe a estabilidade funcional e estimula a produtividade, mas não mexe com as castas mais privilegiadas do funcionalismo, juízes e procuradores, não toca nos militares – que é uma corporação de estimação de Bolsonaro – e não atinge os parlamentares. O governo expôs os princípios da reforma numa proposta de emenda constitucional, mas não divulgou os projetos de lei para retirar as regras gerais do papel. No geral, o governo deseja reduzir salários, mas adia o projeto que expõe os cortes de remunerações, deseja manter a estabilidade de certas áreas, mas sonega a proposta com os nomes das corporações que terão estabilidades. Os otimistas avaliam que este Frankenstein pode virar um galã a qualquer momento, os pessimistas preferem adiar as conclusões para depois dos projetos de regulamentação e das emendar que os parlamentares não vão abrir mão de apresentar.”
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