Sertanejo se despediu da mãe com um beijo na testa. Ela morreu após um infarto em casa.
O cantor Leonardo se emocionou ao falar da mãe, Dona Carmem, que morreu aos 87 anos, no último sábado (1º), em Goiânia. Reforçando o traço bondoso da matriarca, o sertanejo relembrou o trabalho da mãe na ajuda de pessoas na luta contra o câncer e disse que ela acompanhava de perto cada paciente.
“Eu falava: ‘mãe, a senhora já está acostumada [com a morte]. Ela: ‘Não, nunca me acostumo, sempre vou sofrer quando ver alguém partir’. E hoje eu estou vendo essa heroína partir”, desabafou.
Durante o enterro, na manhã deste domingo (2), Leonardo relembrou o legado de Dona Carmem, fundadora da Casa de Apoio São Luiz. A entidade oferece, de graça, estadia, alimentação e transporte para pessoas com câncer se tratarem desde 1999.
“Ela sempre estava por lá de pertinho e chorava muito, sofria muito quando chegavam enfermos de outros lugares. Em dois dias já pegava amor, logo a pessoa já partia e só restava sofrimento para ela”, contou.
Memórias
Dando pequenas pausas para conseguir falar com clareza, o cantor disse que a mãe foi quem o ensinou sobre humildade.
“Quem viveu e quem teve junto esses 87 anos juntos pode falar. A minha mãe deixou um legado maravilhoso, ensinou a gente a trabalhar, ser simples, humilde, tratar as pessoas na igualdade. Somos todos iguais”, disse.
Leonardo não poupou palavras para descrever Dona Carmem. Adjetivos enfatizaram o amor que cantor sente pela mãe, que morreu no último sábado (1º), após um infarto.
Para finalizar a breve fala à imprensa, o cantor agradeceu a todos que ajudam a Casa de Apoio São Luiz.
“Quero agradecer a todos que sempre nos ajudaram na Casa de Apoio porque é uma casa 100% filantrópica. Agora a nossa chefa acabou de partir dessa para uma melhor, mas deixa um legado que todos somos iguais e ninguém é melhor que ninguém”, encerrou.
Legado
Carlos Costa, outro filho de Dona Carmem e irmão de Leonardo, lembrou da mãe como uma mulher marcada pela bondade e empenhada em ajudar o próximo. O filho disse que Carmem não estava se sentindo bem nos últimos dias antes da morte, mas nada que tirasse sua fé.
“Ela sempre foi firme na fé. Perder um filho com 36 anos não é fácil. A gente espera seguir o trabalho que ela deixou”, desabafou com a voz embargada.
Em um momento nostálgico, Carlos relembrou os últimos contatos com a mãe, que morreu no último sábado (1º), após um infarto, segundo a família.
“Mamãe era alegria, chegou na sexta-feira e ela tinha feito pão de queijo e quebrador. Ela era muito farturenta, saia de lá estufado”, brincou.
Uma afirmativa unânime entre a família também foi reproduzida pelo filho: o legado de Dona Carmem. Empenhada com projetos sociais, a mulher inspirou todos ao seu redor.
“Vamos continuar com a casa de apoio e vamos continuar o legado dela”, finalizou.
Morte
Dona Carmem morreu em Goiânia após um infarto, segundo a família. Edenilson Wanderley, sobrinho dela, contou que a tia estava passando mal há cerca de 10 dias e fez uma série de exames para identificar a causa. No entanto, na tarde do último sábado (1º), passou mal e não resistiu.
Edenilson disse que Dona Carmem não estava se sentindo bem, vomitou e foi para o banho. No banho, pediu ajuda para a cuidadora e o neto, que a levaram para a cama e acionaram o socorro.
Segundo o sobrinho, a equipe de socorro tentou reanimar Dona Carmem por meia hora, mas ela não resistiu
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