Lipedema: especialista explica quais são as opções cirúrgicas disponíveis

O lipedema é uma condição crônica que afeta principalmente mulheres e se caracteriza pelo acúmulo anormal de gordura subcutânea, especialmente nas pernas, coxas e, em alguns casos, nos braços. Além das alterações estéticas, a doença pode causar dor, inchaço e sensibilidade, impactando diretamente a qualidade de vida. Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, fatores genéticos e inflamatórios parecem estar envolvidos. Nos últimos anos, diversas famosas como Yasmin Brunet, Juliane Massaoka, Amanda Djehdian e Tatiana Maranhão, tornaram público o diagnóstico, ajudando a ampliar a visibilidade sobre o problema.

Para pacientes com quadros mais avançados, a cirurgia tem sido uma alternativa eficaz. O procedimento mais comum é a lipoaspiração, que reduz o volume de gordura acumulada e pode aliviar os sintomas. Em casos onde há excesso de pele, pode ser indicada a cruroplastia, cirurgia que remove o excesso de tecido na região das coxas.

O cirurgião plástico, Dr. Carlos Tagliari, explica que, como qualquer intervenção cirúrgica, há riscos envolvidos: “Os principais riscos do procedimento incluem embolias e, em alguns casos, assimetrias, devido à complexidade da lipoaspiração”. No entanto, ele destaca que os benefícios são significativos: “A cirurgia proporciona um melhor contorno corporal, reduzindo o volume excessivo nas coxas, joelhos e culotes. Além disso, há uma melhora significativa da dor causada pelo lipedema”.

Apesar da eficácia do procedimento, a cirurgia não garante um resultado definitivo se a paciente não adotar um estilo de vida saudável. “O sucesso do tratamento depende de vários fatores, como o grau do lipedema e a adoção de hábitos saudáveis. Se a paciente mantém um controle nutricional adequado e consegue perder peso, os resultados podem ser duradouros. Caso contrário, ainda pode haver desconforto e aumento de volume”, explica Tagliari.

O pós-operatório exige uma série de cuidados. “O pós-operatório exige o uso de malhas compressivas e sessões de drenagem linfática para reduzir o inchaço. Embora possa haver dor e desconforto, os benefícios da cirurgia são significativos para a qualidade de vida da paciente”, ressalta o especialista.

A cirurgia não é indicada para todas as pessoas. Pacientes com problemas de saúde preexistentes, risco elevado de trombose ou que não estejam dentro do peso recomendado podem não ser candidatas ao procedimento.

Embora a recuperação leve algumas semanas, os resultados podem ser percebidos logo após a cirurgia, tornando a intervenção uma alternativa relevante para pacientes que enfrentam dores e limitações causadas pelo lipedema.

Márcia Stival Assessoria
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