O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que uma nova prorrogação do auxílio emergencial com o valor de R$600 é muito difícil. A possibilidade chegou a ser levantada por parlamentares nos últimos dias. Uma ideia, segundo eles, seria ter mais uma parcela no valor atual e outra, de R$300 reais. O governo estuda enviar uma medida provisória estendendo o programa até dezembro, como uma transição para um novo programa de renda mínima, o chamado Renda Brasil. Maia diz que quer aguardar a posição do Planalto sobre o assunto. Mas ele considera muito difícil renovar o benefício mantendo os R$600 reais. O deputado aponta que novos pagamentos nesse valor podem pressionar as contas públicas e prejudicar ainda mais os investimentos no país. Segundo ele, qualquer prorrogação demandaria abrir espaço no Orçamento da União. “A criação das das condições para se ter uma renda maior, atingindo um número de pessoas acima do Bolsa Família vai ter um custo extra, que será analisado dentro do teto de gastos”, afirma.
O Congresso realiza nesta quarta-feira, 19, uma sessão conjunta, de deputados e senadores, para analisar vetos do presidente Jair Bolsonaro. Considerado um dos mais polêmicos, o veto à desoneração das folhas de pagamento de 17 setores da economia até o fim do ano que vem está na pauta. Porém, a tendência é que ele seja analisado só no dia dois de setembro. O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, tem ajudado o governo a ganhar tempo para se articular tentando evitar a derrubada do veto. O deputado Ricardo Barros (Progressistas) foi oficializado como o novo líder do governo na Câmara. Ao longo desta semana, ele está se reunindo com líderes partidários buscando apoio e lealdade nas pautas consideradas mais importantes pelo Planalto. Segundo ele, entre as prioridades, estão a criação do Renda Brasil e a manutenção do teto de gastos. Ricardo Barros também ocupou cargos de liderança nos governos FHC, Lula e Dilma e foi ministro da Saúde no governo Michel Temer.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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