Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 31, a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,46% para queda de 5,28%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,66%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão de alta de 3,50% para o PIB. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar. O relatório do Banco Central traz também a estimativa para a projeção para a produção industrial de 2020, que foi de baixa de 7,68% para queda de 7,35%. Há um mês, estava em baixa de 7,92%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 5,42% para 5,65%, ante 4,00% de quatro semanas antes. A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,00% para 66,70%. Há um mês, estava em 67,50%. Para 2021, a expectativa foi de 69,65% para 69,48%, ante 69,83% de um mês atrás.
O Relatório de Mercado Focus trouxe a manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seguiu em 11,63%. No caso de 2021, foi de 2,67% para 2,62%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,66% e 2,84%, respectivamente. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 passou de 15,00% para 14,80%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, passou de 6,20% para 6,10%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,25% e 6,50%, nesta ordem. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros. Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia da Covid-19, o país terá um cenário fiscal ainda mais difícil.
Balança comercial
No Focus agora divulgado foi mantida a projeção para a balança comercial em 2020 em superávit comercial de US$ 55,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era a mesma. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 53,31 bilhões para US$ 53,40 bilhões. No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 seguiu em déficit de US$ 6,96 bilhões, ante US$ 6,21 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo permaneceu em US$ 15,30 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,60 bilhões. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 seguiu em US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,75 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 65,48 bilhões para US$ 64,00 bilhões, ante US$ 65,96 bilhões de um mês antes.
*Com Estadão Conteúdo
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