Mesmo com o aumento do número de casos de Covid-19 no país, a Índia reabriu ao público nesta segunda-feira, 21, seu icônico Taj Mahal, local que esteve fechado por seis meses devido à pandemia. As portas do mausoléu, símbolo do amor construído no século XVII, foram fechadas no dia 17 de março. A reabertura acontece como um esforço do governo indiano para reativar a economia do país, severamente afetada pelas rigorosas medidas de confinamento que duram meses. “O Taj Mahal e o Forte de Agra reabrirão aos visitantes a partir de 21 de setembro de 2020”, disse uma notificação da Administração do Distrito de Agra do Norte, onde o monumento está localizado. Para garantir a segurança dos visitantes, os turistas devem seguir rígidas normas de higiene para acessar o local e apenas ingressos eles estarão disponíveis on-line. Haverá um limite de 5 mil visitantes por dia que poderão acessar em dois turnos de 2,5 mil antes e depois do almoço. Todos terão a temperatura controlada antes de entrar no complexo e deverão respeitar distâncias de segurança. Nas redes sociais, imagens e vídeos publicados por turistas mostram pessoas com máscaras passando pelos pontos de controle de segurança e entrando nos espaços abertos e jardins bem cuidados ao redor do mausoléu de mármore branco, que em circunstâncias normais estariam lotados de turistas.
A reabertura do Taj Mahal e de outros locais históricos faz parte do processo de desconfinamento da Índia, que tem como prioridade reativar a economia do país, cujo Produto Interno Bruto (PIB) sofreu uma queda de 23,9% durante o primeiro trimestre do ano fiscal, que vai de abril a junho, a maior contração de sua história. Mas a flexibilização das restrições ocorre no momento em que a Índia ultrapassou o Brasil e tornou-se no segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, se aproximando cada vez mais dos Estados Unidos, que tem mais de 6,8 milhões de casos. No entanto, a Índia, até o momento, registra um número relativamente baixo de mortes, com 87.882 no total – cerca de 1.130 registradas nas últimas 24 horas – explicadas em partes pela baixa idade média de sua população, com apenas 5% acima dos 65 anos, de acordo com o último censo de 2011.
*Com Agência EFE
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