A Europa está enfrentando um crescimento constante dos casos de coronavírus nos últimos dias. É verdade que os números ainda são muito pequenos se comparados aos do Brasil, que segue em total descontrole da situação, mas ainda assim o risco de uma segunda grande onda de contaminações na Europa parece iminente de acordo com os dados oficiais. Dia após dia países como Espanha, Itália e Alemanha confirmam novos recordes diários de contaminações desde o início do desconfinamento — e isso mesmo com a maioria dos países europeus ainda em férias de verão, sem aulas nem trabalho em grande parte dos escritórios.
Na quarta-feira (19) a Alemanha registrou 1.707 novos casos de coronavírus em 24 horas, no maior nível desde abril passado. A França teve 3.800 novos casos de Covid-19, maior marca desde maio. Na Espanha foram 3.715 casos e o país tem a taxa de contaminações mais alta da Europa no momento — e as mortes entre os espanhóis cresceram 11 vezes em agosto na comparação com o mês de julho. Ainda assim, a marca está bem distante do que chegou a ser no pico da pandemia por lá: foram registradas 131 mortes por Covid-19 na Espanha na última semana, mas também há lentidão na contabilização das vítimas.
O que está bastante claro neste momento é que a reabertura dos países veio com o preço que já era esperado do aumento de casos de Covid-19. O desafio agora é equilibrar este crescimento com a retomada das atividades, que deve começar para valer daqui a menos de duas semanas. A volta às aulas presenciais será um marco dessa flexibilização e os governos europeus seguem firmes no compromisso de reabrir escolas — mas as restrições de viagens entre países estão crescendo e as regras de distanciamento social também tem ficado mais duras. A utilização de máscaras, que segue firme no Brasil, também está sendo retomada na Europa. Tudo para evitar que novas quarentenas de grande escala sejam decretadas — porque as economias estão fragilizadas, assim como a saúde mental das pessoas.
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