Após a instalação, veado-campeiro, antas, capivaras, quatis, lobos, porco-do-mato, macacos, mutuns e tucanos procuraram a lagoa para tomar água. Lagoa começando a encher após instalação de moradores
Júlio Reiners/Arquivo pessoal
Um grupo de moradores de Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, sensibilizado com a situação de seca e as queimadas que atingem o Pantanal mato-grossense, criou um sistema de água que sai de propriedades particulares da região e abastece uma lagoa que secou, próximo ao Rio São Lourenço.
Júlio Reiners foi um dos primeiros a criar um sistema para ajudar os animais atingidos. Junto com a mulher dele, usou canos e mangueiras para puxar água do reservatório da chácara e despejar na lagoa na semana passada.
“São inúmeras espécies de animais que vêm para matar a sede. Eu e a minha esposa Cristiane, preocupados com essa situação, pensamos: porque a gente não puxa água lá do poço da nossa casa que fica a 300 metros dessa lagoa? E foi o que fizemos”, contou.
Lagoa seca após queimadas e meses sem chuva no Pantanal
Júlio Reiners/Arquivo pessoal
O sistema criado por eles ficou ligado por 24 horas. No dia seguinte, já foi possível encontrar alguns animais bebendo da água.
Segundo Júlio, já foi possível encontrar veado-campeiro, antas, capivaras, quatis, lobos, porco-do-mato, macacos, mutuns, tucanos, entre outros.
‘”Acho que conseguimos realizar nosso objetivo, que era fazer ter água para que as mais variadas espécies pudessem matar a sede. Vamos fazer a nossa parte, vamos ajudar. Se todo mundo fizer um pouquinho a gente consegue ajudar muitas vidas”, ressaltou.
Pássaros bebem água de lagoa abastecida por moradores da região
Júlio Reiners/Arquivo pessoal
Familiares e amigos de Júlio que moram na região também se sensibilizaram com a situação e passaram a criar reservatórios de água para ajudar os animais.
“Outros colocaram motores para mandar água. Estamos preocupados com o fogo, pois já faz 45°C imagina se queimar. Já fizemos aceiros também e até agora não queimou aqui graças a Deus”, disse.
Animais cercam a região de chácaras no Pantanal
Júlio Reiners/Arquivo pessoal
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