Mortes de grávidas aumentam na pandemia; governo pede reforço de testes

O Brasil ultrapassou, na sexta-feira, 28, a marca dos 3,8 milhões de casos confirmados da Covid-19. Nas últimas 24 horas, foram notificados 43.412 registros da doença e 855 novos óbitos. Ao mesmo tempo, ainda na sexta-feira,  o ministério da saúde divulgou recomendações para o atendimento à grávidas durante a pandemia, lembrando que o pré-natal continua sendo de extrema importância. A professora do departamento de Obstetrícia da Unifesp, Rosiane Mattar,  explicou que em grávidas o agravamento da doença costuma ser rápido. Mesmo assim, segundo ela, não há recomendação de se antecipar o parto, apenas por conta de um teste positivo.

O problema é que uma grávida tem  150% mais riscos de ir para uma unidade de terapia intensiva (UTI) e, quando está internada, a possibilidade de precisar de um respirador é quase duas vezes maior do que de uma mulher não gestante. O secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Medeiros, admite que a pandemia provocou um aumento de mortes de gestantes no país, reforçando que o ideal é fazer testes nas grávidas, principalmente no fim da gestação, assim como adotar as medidas de proteção contra a Covid-19, como o uso de álcool gel e máscara. Depois de recurso apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF),  9 dos 11 ministros da casa votaram no plenário virtual  a favor de tornar obrigatório o uso de máscara em locais públicos como comércio, indústria, escolas e  igrejas. A proposta foi aprovada pelo congresso em julho. Mas o presidente Jair Bolsonaro vetou alguns trecho do projeto flexibilizando a utilização das máscaras.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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