O governo da Nova Zelândia anunciou nesta sexta-feira, 14, que prorrogará o confinamento na cidade de Auckland, a mais populosa do país, com 1,7 milhão de habitantes, por 12 dias. O objetivo da medida é conter um surto de infecção pelo novo coronavírus, detectado após 102 dias sem casos. “Ao manter nossa abordagem cautelosa e a filosofia de atacar com força e rapidez, o Gabinete concordou em manter as medidas atuais por mais 12 dias, completando duas semanas”, anunciou a primeira-ministra Jacinda Ardern. As decisões são uma resposta ao surto de origem desconhecida detectado no início da semana em quatro membros de uma mesma família
O período de confinamento, que está vinculado ao ciclo de incubação do novo coronavírus, permitirá que as autoridades estabeleçam um perímetro do surto, além de isolá-lo. A partir de feito esse processo, será avaliado um possível relaxamento das medidas. O governo de Ardern, que está imerso na campanha eleitoral para as eleições de 19 de setembro, se reunirá novamente no dia 21 de agosto para decidir os próximos passos a serem dados. A primeira-ministra explicou que o surto foi detectado “relativamente cedo”, observando que o primeiro caso está relacionado a um funcionário de uma empresa de transporte e refrigeração, que adoeceu no dia 31 de julho. “Mas, pode ser que esta não seja a origem do surto”, frisou Ardern.
A primeira-ministra, no entanto, garantiu que as autoridades de saúde do país já demonstraram sua capacidade de conter os surtos. Os especialistas também determinaram que a cepa do surto atual é diferente daquela detectada na primeira onda da pandemia no país, por isso, há suspeita de que tenha sido importada. “No momento, não há nada que sugira que devemos passar para o nível máximo de confinamento”, esclareceu Ardern. A Nova Zelândia, que foi submetida a um dos mais rígidos bloqueios do mundo, voltou à vida normal em 9 de junho. Desde o início do contágio, foram registrados 1.251 casos de infecção, com 22 mortes. Atualmente, 49 casos permanecem ativos.
*Com Agência EFE
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