Onça-pintada que aguarda tratamento com células-tronco usa ‘botinhas’ com curativos e está ‘ativa’, diz veterinário


Terapia especial em felino que ficou ferido em incêndio no Pantanal terá início no próximo sábado, em Goiás. Animal já apresenta melhora na cicatrização. Onça-pintada é sedada para troca de curativos, em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
A onça-pintada que ficou ferida em um incêndio no Pantanal e passará por tratamento com células-tronco em um instituto de proteção em Corumbá de Goiás, na região nordeste do estado, está “bem e ativa”, segundo o veterinário Thiago Luczinski.
“O estado geral dela é bom. Ela está ativa, está se alimentando, bebendo água”, comenta.
Isolada no Instituto de Preservação e Defesa dos Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil em Processo de Extinção (Nex), a onça-pintada está apresentando melhora diariamente e tem, até mesmo, aceitado as “botinhas” feitas como curativo nas feridas.
“Ela vem se recuperando bem, vem respondendo bem à medicação e aos curativos. Fizemos umas botinhas, e ela não está tirando, está permanecendo com elas, já evoluiu bem a cicatrização”, diz o veterinário.
Segundo Thiago Luczinski, o felino tem sido anestesiado em dias alternados para a troca dos curativos. Até o momento, a equipe do instituto já realizou dois procedimentos. O próximo será realizado na manhã desta quinta-feira (27).
Ainda de acordo com o veterinário, o tratamento com células-tronco começará no próximo sábado (29). A expectativa é que o procedimento acelere a cicatrização das feridas, permitindo que a onça-pintada retorne à natureza o mais breve possível.
“Quanto menos ela ficar sob os cuidados humanos, maior é a chance de ela voltar para a natureza”, afirma.
Resgate e transferência
A onça-pintada foi resgatada de um incêndio no Pantanal depois que o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso foi informado de que o felino, tentando fugir do fogo, apareceu em casas da região.
Após o resgate, a onça foi internada no Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Na última quinta-feira (20), foi transferida para Goiás, onde passará por tratamento com células-tronco.
Onça-pintada resgatada de incêndio no Pantanal de Mato Grosso teve queimaduras gravíssimas
Willian Gomes/Secomm UFMT
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