O Brasil é um dos países com maior reserva de calcário do mundo, o que torna sua exportação uma grande oportunidade para o setor mineral. A crescente demanda internacional por esse insumo, utilizado em setores como agricultura, construção civil e siderurgia, abre novas perspectivas para o mercado brasileiro. Segundo Ernani Rezende Kuhn, especialista no setor, “o Brasil tem um potencial enorme para ampliar suas exportações de calcário, mas é preciso superar desafios logísticos e regulatórios para consolidar sua presença no mercado global”.
Um dos principais fatores que impulsionam a exportação de calcário é sua utilização na agricultura, onde é empregado para corrigir a acidez do solo e melhorar a produtividade das lavouras. Países com solos naturalmente ácidos, como aqueles da Ásia e da África, são grandes consumidores desse insumo, o que cria um mercado promissor para o calcário brasileiro. “A qualidade do calcário brasileiro é um diferencial competitivo, tornando-o um produto altamente desejado em regiões com grande produção agrícola”, explica Ernani Rezende Kuhn.
Além do setor agrícola, a construção civil e a indústria siderúrgica também geram demanda para o calcário no mercado internacional. O material é essencial para a fabricação de cimento, concreto e aço, setores que estão em constante expansão, especialmente em economias emergentes. No entanto, para aproveitar essas oportunidades, o Brasil precisa investir em infraestrutura para reduzir os custos logísticos e tornar a exportação mais competitiva.
Apesar das vantagens, a exportação de calcário enfrenta desafios, como a carga tributária elevada e a burocracia para obtenção de licenças e autorizações. Além disso, os custos de transporte dentro do Brasil podem dificultar a competitividade do produto no exterior, uma vez que a maioria das jazidas de calcário está localizada no interior do país, longe dos principais portos de exportação. “A logística ainda é um grande entrave para a mineração brasileira, exigindo investimentos em infraestrutura para otimizar o escoamento da produção”, destaca Ernani Rezende Kuhn.
Outro fator a ser considerado é a sustentabilidade na mineração de calcário. Com o aumento da preocupação ambiental no comércio global, países importadores estão impondo regras mais rígidas sobre a origem e o impacto ambiental dos produtos adquiridos. Dessa forma, a adoção de práticas sustentáveis e certificações ambientais pode ser um diferencial competitivo para os produtores brasileiros ampliarem sua presença no mercado internacional.
O Brasil tem potencial para se tornar um grande exportador de calcário, mas precisa superar desafios estruturais e regulatórios para expandir sua participação global. Como ressalta Ernani Rezende Kuhn, “com planejamento estratégico e investimentos em logística e sustentabilidade, o Brasil pode fortalecer sua posição no mercado internacional e aumentar suas exportações de calcário nos próximos anos”. O futuro do setor depende de inovações e de uma abordagem eficiente para conquistar novos mercados.
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