Em convenções realizadas neste sábado, 5, o Novo e o PSOL definiram seus candidatos à Prefeitura de São Paulo, nas eleições que acontecem em dezembro deste ano. Em uma convenção que ocorreu em um sistema drive-thru, em um espaço público, o Novo confirmou a indicação de Filipe Sabará, ex-secretário da gestão João Dória (PSDB).
Alinhado às bandeiras defendidas pelo seu partido, que descreve o setor privado como mais eficiente que o público e que, por isso, deveria servir de exemplo, Sabará afirmou que uma de suas propostas de governo é fomentar “o micro e o nano” empreendedorismo nas periferias, “que agora estou chamando de zonas de oportunidade”. O candidato disse acreditar que, com juros baixos, o mercado teria interesse em investir nos mais pobres.
Os filiados depositaram seu voto na chapa, que não tinha adversário, sem sair dos carros. Após a contagem e confirmação do resultado, Sabará fez um breve discurso exaltando a decisão do partido de fazer um processo seletivo para a escolha dos candidatos, não admitir fichas-suja nem receber recursos públicos para campanhas.
Chapa Boulos/Erundina
No Morro da Lua, em Campo Belo, zona sul da capital, o PSOL formalizou a candidatura da chapa Guilherme Boulos/Luiza Erundina com discursos contra o presidente Jair Bolsonaro, e os governos tucanos de João Doria e Bruno Covas, combate à corrupção e prioridade à população das periferias. Presidente da legenda, Juliano Medeiros defendeu que a campanha em São Paulo tente resgatar parte do eleitorado pobre que votou em Bolsonaro. “Nós temos que resgatar esse pessoal”, disse o dirigente.
Quase todos os oradores lembraram do alto número de mortos e infectados pela covid-19 em seus discursos. Boulos lembrou que só um entre os quatro hospitais de campanha abertos em São Paulo fica na periferia, que a cidade é a segunda em número de mortos, atrás apenas de Nova York, e que o índice de óbitos é o maior nas regiões pobres do que nos de classe média e alta.
* Com Estadão Conteúdo
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