Suspeitos faziam anúncios em sites de garotos de programa para atrair vítimas, geralmente empresários e servidores públicos do alto escalão. Após ganhar confiança dos possíveis clientes, eles ameaçavam divulgar fotos íntimas para esposas e familiares.
Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal resultou na prisão de dois atores pornôs suspeitos de extorquir homens casados. Nesta quinta-feira (13), os investigados foram detidos em São Paulo.
De acordo com a investigação, os suspeitos faziam anúncios em sites de garotos de programa para atrair vítimas. Em seguida, por meio de aplicativos de troca de mensagens, eles ganhavam a confiança dos possíveis clientes e levantavam informações pessoais que poderiam ser usadas na extorsão.
O crime foi cometido contra pessoas de várias unidades da federação (veja mais abaixo). No Distrito Federal, o foco dos suspeitos eram empresários e servidores públicos “do alto escalão”.
Segundo a Polícia Civil, os investigados trocavam fotos íntimas com as vítimas para poder chantageá-las. “Os autores visavam pessoas com condições financeiras elevadas e que fossem casados”.
Além dos mandados de prisões temporárias, os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão. As ações foram realizadas em São Paulo capital.
Os policiais identificaram vítimas em:
Brasília (DF)
Macaé (RJ)
Rio de Janeiro (RJ)
Belo Horizonte (MG)
Florianópolis (SC)
São Paulo (SP)
Maringá (PR)
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Extorsão
Os policiais informaram ainda que, quando os suspeitos identificavam uma vítima e conseguiam material suficiente para chantageá-la, passavam a pedir transferências bancárias.
“Geralmente em valores que giravam em torno de R$ 3 mil a R$ 10 mil”, disse a Polícia Civil.
Os investigados ameaçavam as vítimas que iriam expor o material íntimo aos familiares, especialmente esposas e companheiras, empregadores e outras pessoas próximas. Os investigados ainda conseguiam, por meio da “darkweb”, dados dos homens casados que eram usados contra eles, como endereço, nome completo e profissão.
A operação, batizada de “Laqueus” (armadilha, em latim), foi conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia, na Área Central de Brasília, com apoio da Polícia Civil de São Paulo.
Os presos vão responder pelos crimes de extorsão, podendo ser condenados até a 15 anos de prisão para cada vítima identificada.
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