O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, acredita que a paralisação dos testes da vacina de Oxford, que já foram retomados após uma intercorrência no Reino Unido, não vai atrapalhar o cronograma previsto de prazos. “Foi uma parada rápida, o sistema funcionou prontamente, a análise do caso foi conclusiva e com rapidez. Acredito que o planejamento, em termos de prazo, não deva sofrer atraso significativo”, disse. Ele também afirmou esperar uma vacina contra a Covid-19 para os primeiros meses de 2021, mas evitou falar em datas.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Barra Torres disse que “falar de prazo é muito complicado”, ainda mais com protocolos ainda em desenvolvimento. “Fixar um mês é criar expectativas e depois precisar ajustar e causar frustração. O que eu digo, como gestor, é que devemos ter algo nos primeiros meses de 2020”, acrescentou. O diretor-presidente da Anvisa disse que o trabalho da Agência ainda deve perdurar. “Não é só dar OK para o protocolo. Também monitoramos e acompanhamos o desenvolvimento, produção e aplicação das vacinas.”
Antônio Barra Torres frisou, no entanto, que até o momento os testes da vacina de Oxford no Brasil não registraram reações adversas graves. “Esses são os efeitos com notificação obrigatória. São os que envolvem risco à vida, risco à qualidade de vida e problemas de saúde a médio e longo prazo. Os de menor importância, como dor local na injeção, são de menor magnitude”, explicou. Antônio acrescentou que a Anvisa tem feito tudo o que é possível para otimização de processos e reforço de pessoas para dar respostas mais rápidas — e que a comunicação com organismos internacionais está ocorrendo de modo fluido e na hora que tem que acontecer.
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