Incêndios começaram há mais de um mês na região. Não chove há mais de 3 meses. Queimadas destroem fauna e flora no Pantanal
Mayke Toscano/Secom-MT
Os incêndios no Pantanal mato-grossense continuam e, segundo estimativa do Corpo de Bombeiros, já foram queimados 493 mil hectares do bioma. O fogo já dura mais de um mês. Não chove na região há três meses.
É muito fogo, fumaça e poeira ao longo dos 145 quilômetros da Transpantaneira, rodovia que atravessa o Pantanal. E, nas horas mais quentes do dia, entre 11h e16h, o vento espalha com força as chamas pela vegetação seca.
Fogo volta a destruir a vegetação do Pantanal
Nas lagoas onde ainda há água e concentração de peixes existe uma disputa entre as espécies que se alimentam deles.
Quando o fogo se aproxima, os animais fogem em busca de um local mais seguro. Sem previsão de chuvas, os problemas vão continuar para a vegetação, a fauna e para as pessoas da região.
Calor a baixa umidade contribuem para o avanço das chamas
Mayke Toscano/Secom-MT
O calor, a baixa umidade do ar e o vento estão dificultando a ação dos bombeiros. Essas condições favorecem a propagação das chamas. O fogo queima a vegetação e é uma ameaça para os animais, que tentam fugir, mas muitos morreram queimados.
Para agilizar o primeiro atendimento está sendo construído um centro de triagem na Transpantaneira.
Uma das grande preocupações das equipes é que o período chuvoso só deve começar em outubro.
Uma força-tarefa para combater o fogo foi montada. As equipes tem cerca de 140 integrantes por ciclo, chegando ao ápice de 300 integrantes, entre bombeiros de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, militares da FAB, militares da Marinha, ICMBio, funcionários da UFMT, do SESC Pantanal e apoio de produtores rurais, além de recursos de aeronaves, equipamentos, viaturas, dentre outros relacionados abaixo.
Força-tarefa atua no combate ao fogo
Mayke Toscano/Secom-MT
As maiores dificuldades têm sido o acesso às áreas atingidas, já que muitas vezes não é possível fazer o deslocamento terrestre até o local, impedindo o combate direto, sendo necessário aplicação do combate indireto, com a construção de aceiros, com a utilização de maquinários como retroescavadeiras, pás carregadeiras e técnicas de contra-fogo.
Os fatores climáticos também estão desfavoráveis desde o início da operação, com temperaturas muito altas, comumente acima dos 35 °C, incidência de ventos com mais de 30 km/h e umidade relativa do ar muito abaixo do considerado como seguro para a saúde em 30%.
Soma-se a isso, este ano o período de estiagem tem sido muito severo, na qual a climatologia não tem apontado condições favoráveis de chuva. Já são mais de noventa dias sem chuvas na região.
Os pontos críticos que estão sendo priorizados situam-se na Região norte do Parque Nacional do Pantanal, Região norte do Parque Estadual Encontro das Águas, Baía dos Guató, que é uma terra indígena, na qual estão trabalhando no local equipes do Prevfogo do IBAMA, acionados através do CIMAN.
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