O Reino Unido anunciou nesta terça-feira, 29, sanções contra o presidente de Belarus, Alexandr Lukashenko, em resposta a “uma série de violações dos direitos humanos” após a polêmica reeleição do governante, medidas que incluem o congelamento de ativos e a proibição de entrar no território britânico. As sanções serão aplicadas também ao assessor de segurança nacional e filho do líder bielorrusso Viktor Lukashenko, assim como a seis outros membros do governo, e foram tomadas em coordenação com o Canadá, disse o Ministério das Relações Exteriores britânico em comunicado. O governo Lukashenko “é responsável por uma série de violações dos direitos humanos contra figuras da oposição, os meios de comunicação social e os cidadãos de Belarus, na sequência de eleições fraudulentas”, sublinhou o governo britânico.
Londres acusa as autoridades bielorussas de não terem tomado medidas para levar à justiça os responsáveis por “tortura e maus-tratos de centenas de manifestantes pacíficos detidos na sequência das eleições presidenciais manipuladas”. Esta é a primeira vez que o Reino Unido aplica a um líder estrangeiro a legislação de direitos humanos que aprovou em julho passado, a qual prevê sanções como impedir a entrada no país e vetar a canalização de recursos através dos bancos britânicos. Ao mesmo tempo, o governo britânico afirmou ter duplicado o seu apoio financeiro a “grupos de direitos humanos, meios de comunicação independentes e grupos comunitários” em Belarus para 1,5 milhão de libras durante os próximos dois anos.
“O Reino Unido e o Canadá enviaram uma mensagem clara ao impor sanções contra o regime violento e fraudulento de Alexandr Lukashenko. Não aceitamos o resultado destas eleições fraudulentas”, disse o ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab. “Exigiremos a prestação de contas dos responsáveis pelo vandalismo contra o povo de Belarus e nos manteremos firmes na defesa de nossos valores democráticos e dos direitos humanos”, acrescentou o chefe da diplomacia britânica.
*Com informações da Agência EFE
Compartilhe