Réu por corrupção, Eduardo Paes rebate denúncias: ‘Não vão me intimidar’

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, nesta terça-feira (8), na casa do ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, no âmbito de investigações do Ministério Público de um possível recebimento de R$ 10,8 bilhões na construtora Odebrecht na forma de caixa 2. Paes foi denunciado por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Essa denúncia do MP foi acolhida pelo juiz Flávio Itabaiana e atinge Paes e outras quatro pessoas. Segundo as investigações, os recursos foram recebidos por Eduardo Paes por caixa 2 e usados na campanha de releição à Prefeitura carioca em 2012. Na época, a cidade passava por muitas obras por causa da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas 2016. De acordo com a denúncia, os recursos foram pagos por executivos da Odebrecht e gerenciados pelo deputado federal Pedro Paulo, também atingido pela investigação.

O ex-prefeito, candidato à eleição neste ano, afirma que as denúncias são falsas e representam uma clara tentativa de interferência na corrida eleitoral municipal de 2020. “Tenho certeza que mais uma vez serei absolvido pela justiça, como aconteceu em todos os processo que me acusaram injustamente. Esse fato que ocorreu só me estimula mais a continuar na disputa, vencer as eleições e fazer o Rio voltar a dar certo”, disse. O deputado federal Pedro Paulo usou um discurso semelhante ao afirmar que viu interferência judiciária no processo eleitoral carioca. No entanto, disse que não vai se intimidar. Na última semana, inquéritos foram abertos para investigar denúncias contra o atual prefeito Marcelo Crivella. O caso ficou conhecido como Guardiões do Crivella. O atual prefeito Crivella e o ex-prefeito Eduardo Paes têm liderado as pesquisas de opinião na corrida eleitoral municipal.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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