O escritor Olavo de Carvalho venceu um processo contra a revista IstoÉ e será indenizado em R$ 25 mil por danos morais. O advogado do filósofo, João Vinícius Manssur, havia pedido R$ 45 mil. A ação foi movida em cima de uma capa da revista, publicada em maio de 2019, em que Olavo aparecia de chapéu de bobo da corte, com o título de “O Imbecil”, inspirado no livro “O Imbecil Coletivo”, escrito pelo guru bolsonarista. Na decisão desta quarta-feira, 23, o juiz Renato Simões, da 4ª Vara Cível de São Paulo, concluiu que a revista excedeu a “crítica jornalística, caracterizando claro abuso do direito da liberdade de imprensa” ao tentar retratar Olavo como pessoa “de curta inteligência”.
Em suas redes sociais, Olavo comemorou a decisão: “Aviso aos navegantes: acabo de vencer a revista IstoÉ num processo por danos morais. Agradeço ao advogado Dr. Mansur pelo seu excelente trabalho. Detalhes, mais tarde”, escreveu. No processo, o advogado do escritor alegou que “o teor da reportagem era ofensivo e com caráter de agressão pessoal”, e disse que a publicação atingiu “a própria liberdade de expressão do autor, porque ele se utiliza de um canal no Twitter para comentar notícias e expor sua opinião de forma respeitosa; porém, essas ações foram distorcidas pela revista, que o intitulou de ‘imbecil’ por influenciar politicamente a vida de seus seguidores”. Além disso, argumentou que Olavo é um “jornalista reconhecido internacionalmente, contando com diversas condecorações, além da autoria de vários livros, com destaque para a obra denominada ‘O imbecil coletivo’”, em que faria uma “análise e reflexão sobre o que acredita ser o fenômeno de decadência intelectual do Brasil”.
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