O ministro do meio-ambiente, Ricardo Salles, participou do programa Pânico nessa quinta-feira, 17, e comentou sobre as queimadas no Pantanal. “Não é falta de fiscalização, o principal fator é a mudança do clima, de fato está mais quente. Os fatores climáticos são uma parte do problema, outra parte é quando você proíbe o fogo preventivo do pasto, vai acumulando massa orgânica e vai pegando fogo de forma geral. Tem essa ausência de uso de fogo preventivo por forma ideológica. O retardante de fogo também, você mistura na água da aeronave e ele é 5 vezes mais eficiente, mas algumas pessoas não querem usar. Os esforços estão sendo feitos. O problema é que deixaram essa situação se somar. Que seja uma lição para os próximos anos, que os governadores permitam essas medidas preventivas”, afirmou.
Questionado sobre o garimpo na Amazônia, o ministro disse que apoia a atividade feita de forma legal. “O garimpo na Amazônia existe há 30 anos, mas os outros ministros fingiram que o problema não existia. É o lugar com maior riqueza, mas com a população mais pobre do país. O cara que não tem renda vai ser cooptado por atividade ilegais. O garimpo pode ser feito com menos agressão ao meio ambiente, dentro das regras, desde que não tenha politicagens que a esquerda colocou”, explicou Salles. Para ele, a melhor solução é ajudar, e não ‘apontar o dedo’. “É fácil enfiar o dedo na cara dos outros, mas não ajudar. Com o Leonardo DiCaprio, foi feita a pergunta se ele compraria um parque. ‘Você vai pôr a mão no bolso ou vai continuar no discurso?’. Só assim se separa o discurseiro de quem vai para a prática”, finalizou.
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